Hoje quero apresentar a vocês a Edilza
de Paula Marques, Marinheira de Convés, nascida em São João do Meriti. Ela
conheceu a Marinha Mercante quando trabalhava como coreógrafa de bailes de 15
anos. Em um desses, conversando com o pai da aniversariante, descobriu o que
queria ser, uma Mulher Mercante.
“Quando comecei a viajar a minha filha mais nova tinha 8 anos" |
Em 1996 Edilza se
inscreveu no curso de CBCV no CIAGA. Hoje para quem deseja se inscrever em um
curso tem que procurar uma das Capitanias dos Portos ou procurar as ofertas no
site da DPC.
Tradicionalmente e operacionalmente
o serviço prestado por um marítimo a bordo exige muito esforço físico e força.
Edilza não se deixou abalar pelas condições e resolveu encarar de frente o
desafio.
“Bom, o trabalho em si
tudo bem. Consigo lidar. A convivência que é um pouco desconcertante devido
alguns homens não aceitarem nós, mulheres, a bordo. Mas, aos poucos, eles estão
aceitando. Com isso eu também passei a ter jogo de cintura para algumas
situações desagradáveis.”
Quem não acredita que é
possível ou achava que não existia, ela embarca em um regime de 3 meses a bordo
e 45 dias em casa, Edilza é mãe de três filhas. Isso mesmo três e mais: ela é
avó de uma garotinha de 3 anos.
"Tenho 3 filhas, uma
com 27 anos, outra com 25 e a mais nova com 23. Além disso uma netinha
linda de 3 anos, minha princesa."
"A saudade é grande" |
“Quando comecei a viajar,
minha filha mais nova tinha 8 anos e conversei com elas sobre o tempo que
ficaria fora e que elas ficariam em casa com o pai. É difícil, pois
a saudade é grande. Em 2001 eram muitas cartas que escrevia em cada porto, pois
era de 6 meses o embarque e dois meses em casa. Muito tempo sem vê-las.”
Hoje, com 51 anos, Edilza
está cursando técnico Ambiental e futuramente sonha em fazer um curso para
segundo piloto.
Hoje com 51 anos ela sonha em ser Segundo Oficial de Náutica |
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