quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

FILHOS DE POSEIDON, um motoclube especial para marítimos

Do meu amor pelo mar, todo mundo já sabe. Amo essa profissão. Mas uma coisa que poucos sabem é do meu amor por motos. Sou muito fã, desde pequena quando admirava meu pai andar. Sempre sonhei em ter moto, aprender a pilotar, para poder passear com os amigos, sentir aquele vento no corpo, a sensação de liberdade. Então, este ano, meu sonho se concretizou. Enfim tirei minha habilitação para moto.

E como no nosso meio marítimo nunca estamos só, sempre tem várias "tribos". Agora faço parte de uma destas. Muiiiiiiiito legal, o motoclube FILHOS DE POSEIDON. 


Medeiros, Quirino e Raciny, fundadores do moto clube Filhos de Poseidon
Este moto clube foi criado em abril deste ano, por três jovens marítimos, que têm, assim como eu, amor por motos. Bruno Raciny, Nivaldo Quirino e Jamison Medeiros tinham um sonho e realizaram juntos. A criação do motoclube veio depois de quando os três praticamente compraram suas motos juntos.

Leiam o que eles têm para nos falar sobre os FILHOS DE POSEIDON.


Brasão do Moto clube fundado em abril de 2013
Você participavam de algum outro motoclube?
- Não. Apenas fazendo passeio junto a Harley Davidson Recife.
 Como surgiu a ideia?
- Sempre tivemos vontade de ter moto. Acabamos que compramos os três quase na mesma época. Então decidimos fazer alguns passeios juntos. Como em Recife já tinha um amigo nosso que era motociclista (VAPOZEIRO) decidimos criar o grupo apenas como brincadeira. E foi aí que tudo começou. Outros mercantes foram aparecendo e assim vai.
Como foi feita a escolha do nome do motoclube?
- Estávamos juntos conversando a respeito, e queríamos fazer um com a cara dos mercantes. Foi quando pensamos no Poseidon como símbolo, pois sugere muito da profissão. 
Um clube ainda jovem. Pretendem expandir para o Brasil, já que ele está mais regionalizado?
- Estamos abertos a qualquer mercante motociclista que deseja carregar o emblema no seu colete. Como no Rio de Janeiro existem vários mercantes amigos já conversamos até sobre a possibilidade de fazer um sub-grupo lá “Filhos de Poseidon – Rio de Janeiro”.
 
Os fundadores fazendo um de seus passeios
Como são feitas as comunicações para reuniões do motoclube?
- Na condição de marítimos embarcados é difícil coincidir  os períodos de folga. Quando tem alguém em terra acaba postando na pagina do motoclube no Facebook, o local e horário do passeio. Daí com certeza outros desembarcados irão topar. 
Quem pode participar? Precisa de moto para ser um (a) filho (a) de Poseidon?
- Qualquer um pode. Basta amar as motos e ser mercante. Até agora temos poucos membros que possuem motos, porém como a ideia é de unir os mercantes e motociclistas, não para de aparecer interessados para se tornarem membros.
Como vocês vêem a participação de mulheres nos motoclubes?
- De extrema importância, para dar um toque especial ao clube. Mulheres são sempre bem-vindas em qualquer lugar que seja. Estamos tão acostumados a tê-las presentes em todos os lugares, que isso estava fazendo falta. (rs). Queremos que nosso moto club cresça, independente do sexo do integrante. Ficamos super empolgados quando vemos mulheres com essa coragem de subir numa moto e sair pelo mundo a fora. Sabemos que não é fácil. Poucas gostam, mas para as que gostam o nosso motoclube estará pronto para recebê-las.
Foi subindo na moto de um amigo este ano que resolvi realizar
sonho de tirar minha carteira, agora falta a minha moto

Posso ressaltar que hoje somente euzinha estou de mulher no motoclube. Quero mais mulheres junto comigo nesta tribo hein? (rs). 

Os interessados podem acessar a página do motoclube no Facebook  basta procurar: Filhos de Poseidon MC.

Seminário do SINDMAR em Rio das Ostras bombou

O Seminário do SINDMAR em Rio das Ostras bombooooouuu....Fiquei super surpresa quando o pessoal da organização me disse que chegamos a 190 inscritos. Nosso maior recorde até hoje. Muitoooooo bom!!! Não vejo a hora de ler a reportagem na revista UNIFICAR.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vida longa às mulheres nos sindicatos

Muita gente me pergunta como eu fui "parar" no sindicato. Não somente eu, mas minhas amigas e colegas de trabalho Isabella e Symone respondem isso quase todos os dias. Então vamos conhecer  as histórias delas.

Na nossa sociedade, de um modo geral, o sindicalismo é tomado por homens, na maioria de idade mais avançada. Pensando nisso, e visualizando o futuro, o SINDMAR investe em novos sindicalistas. E as mulheres não poderiam ficar de fora, já que, hoje, nos centros de formações o número de mulheres cresce cada vez mais.

Começarei contando a história da nossa delegada regional em Recife - PE, Isabella.


Isabella a bordo

Isabela sempre foi sindicalizada e aproximou-se mais ainda do sindicato quando passou por uma situação horrível durante sua gestação. Essa história já foi publicada na revista UNIFICAR e aqui no nosso Blog. Após dar a luz, ela teve sua licença maternidade gozada normalmente; e logo após voltou a embarcar. Permaneceu a bordo por 2 anos e então decidiu parar para cuidar da família e do filho Pedro.

Desde a época de escola, Isabela se interessava pelos informes, boletins e revista do SINDMAR. Sempre que havia reuniões na delegacia de Recife, lá estava Isabela. Participou de seminários e procurou estar perto sempre, até que um dia o antigo delegado de Recife, Ariel, foi realocado para uma outra delegacia. Assim ele acabou indicando Isabella.



Já como delegada, Isabela visita embarcações (nesta foto com alunos do CIABA)
Para continuar trabalhando na área no qual se formou, e agora com uma nova finalidade, ajudar os marítimos, Isabella aceitou o novo desafio e conta:


"Minha meta no SINDMAR é transmitir o máximo de informações e tentar ajudar no que for possível, ser mais um elo de ligação entre os associados e sindicato, espero continuar contribuindo para os oficiais mercantes."

A nossa mais nova delegada é Symone, que está à frente da nossa delegacia em Aracaju - SE. Assim como Isabella, ela sempre foi sindicalizada. Por intermédio de seu IMT na época, Gabriel Paixão, ela conheceu pela primeira vez as instalações do SINDMAR em 2002, quando ainda era praticante.


Symone acompanhava de perto as ações do sindicato, como ACT´s de sua empresa e ações de greve, onde participava ativamente.

Seguindo o pensamento de trazer mais jovens e mulheres para "dentro" do SINDMAR, o agora atual delegado de Vitória-ES, Ariel, começou a pesquisar perfis em potencial para assumir a então e nova inaugurada delegacia de Aracaju. Durante a cerimônia de inauguração, Ariel e Symone tiveram o primeiro contato e de lá começaram a estreitar laços. Após apresentar Symone a atual diretoria, e visualizando-a como um potencial, mais uma vez o Sindicato resolveu investir.

Symone ao lado de sua companheira de trabalho na delegacia de Aracaju
Grata por todo o apoio que recebeu da diretoria e delegados Symone conta:

"Laura e Isabella, juntamente com os outros companheiros, me deram muita motivação para estar à frente da Delegacia de Sergipe. Estou no início, aprendendo muito, e correndo em busca de mais conhecimentos desse mundo que o Sindmar abrange. Mas já é uma grande satisfação poder contribuir através da Delegacia com os meus e  minhas colegas de profissão com quem tenho conversado, trocado informações e ajudado de alguma forma."

Como a minha forma de integrar a equipe do SINDMAR sempre foi de forma inusitada em breve teremos novos posts nesse estilo. Volto em breve.

Quero lembrar que todos os marítimos, associados, já fazem parte do SINDMAR. Não é porque eles não estão à frente de alguma delegacia ou diretoria que não estão "dentro". Os associados, sim, são o nosso braço forte, nosso músculo. É preciso o apoio de todos para que possamos dar vida longa à nossa instituição.





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Faltam 100 Dias para a formatura de curso Ciaba 2013


Na contagem regressiva para a formatura de conclusão do curso no CIABA, hoje, os alunos chegam a marca de 100 dias para o grande dia.

Sei muito bem a ansiedade que toma de conta de todos nesse dia especial. Desejo aos alunos e alunas muito sucesso e aguardo a todos como companheiros de profissão.

Vivaaaaaaaaaaaa aos 100 dias!!!!


E para comemorar com eles, o nosso blog retransmite a mensagem que a aluna Eduarda Galvão postou em seu Facebook. E uma seleção especial de fotos.

"Adaptação? marcha, sol, corrida, sonhos, sol, marcha, hinos, sol, sono, sono flexão, sol, marcha... enfim.

ALUNOS! 
Primeiro ano? Sono, serviço, algodoal, marchas, um pé quebrado, uma feira incomum, volta o cão arrependido, um carro no barranco, h3 alagado, Adeus vida de Fera! 
Segundo ano? Que eu tô fazendo aqui? Ajoelhou? Reza! 500 dias? Falta muito ainda! Passa logo essa cana! 

VETERANOS!
Terceiro ano? agora sim, a voga. Estuda estuda, Cotijuba, Algodoal, famosa casa do caranguejo, Monografia, Tensão pré-praticagem, uhul simuldador! 100 DIAS! 

Dá pra acreditar que só faltam 100 dias? Cada um passou por suas próprias batalhas para chegar aqui, mas a Turma Leviatã passou por muita coisa junta para estar aqui. Chegamos a reta final guardando no peito as pessoas que nos conquistaram e levaremos conosco. No final, aprendemos que por mais que existam pessoas que nos desagradam, aprendemos a engoli-las por um bem maior, nossa turma. Que venha a formatura, que venham os sorrisos e as lágrimas de felicidade. Estamos quase lá! #100dias"






quarta-feira, 21 de agosto de 2013

As alunas perguntam, as oficiais da Marinha Mercante respondem

Eu simplesmente adoreeeeeeeeeei fazer este post. Há alguns dias atrás recebi de uma aluna do CIAGA algumas dúvidas que ela teria sobre a profissão. Então contei com a ajuda de algumas amigas Oficiais para respondê-las. Espero que tenhamos conseguido tirar todas as dúvidas. Se não, mandem mais e mais e maaaaais perguntas. Será um prazer respondê-las.


Alunas do CIAGA

IMT Tereza responde as alunas
Quando uma mulher resolve parar de embarcar, quais os tipos de emprego que ela pode arranjar na área, mas em terra?
- Esse tipo de resposta é bastante subjetiva. Acho até que seria um pouco de grosseria de minha parte falar, mas a gente faz escola para embarcar. Porém, as coisas vão acontecendo e nossas vidas podem tomar rumos diferentes. Mas temos a oportunidade do quadro complementar da Marinha do Brasil, se tornando militar dessa forma. Têm os estaleiros, empresas Classificadoras, e as próprias empresas de navegação em seus escritórios. Bem como prestar concursos públicos. O segredo é não parar de estudar, pois as oportunidades vão surgindo.

No quesito vaidade, há alguma proibição a bordo?
- Bom, nas empresas nas quais trabalhei e trabalho hoje, a restrição existe apenas no caso de trabalho no convés e na máquina por questão de segurança. Não deve-se usar adornos, porém em relação a maquiagem não. E na superestrutura não há proibição. Mas levando-se em consideração que a bordo, mesmo nos horários de folga, nós estamos de prontidão, em caso de uma emergência, temos que agir rapidamente. Sendo assim, recomendo não usar. Deixe para o dia do desembarque. (rs)

A questão da escala sempre foi uma grande dúvida pra mim. É a empresa quem escolhe em que escala você vai trabalhar? Conseguir uma 28/28 ou 14/14 é muito difícil pra quem está começando?
- No momento da entrevista e/ou contratação, a empresa informará o regime de embarque que varia de acordo com cada uma. Cabe a pessoa decidi a que acha melhor para si. Em minha opinião, para quem está começando, a melhor escala é de navio mercante. Depois que você tiver um pouco mais de experiência, você passa para uma escala menor. Mas a bem da verdade é que isso depende da particularidade de cada um.

E quanto ao casamento e gravidez, gostaria de saber se depois de casadas e com filhos vocês continuam embarcando ou arranjaram um trabalho em terra?
- Algumas continuam embarcando, outras optaram por não embarcar mais, outras optaram trabalhar em terra. Mas a mulher tem que ter muita consciência de que os salários não são os mesmos. Bastante inferiores os de terra com os de bordo.

Quanto às empresas, quais as melhores de offshore que têm?
- Depende do objetivo de cada um. O que pode ser bom para alguns não tem importância para outros. Para quem está começando, qualquer empresa é boa. Depois de adquirir experiência e demonstrado profissionalismo, você vai vendo o que uma tem de melhor em relação as outras. Tem-se que levar vários fatores em consideração. Normalmente esses fatores só são enxergados com o tempo, ou melhor, depois que se embarca.

O que é necessário para trabalhar em plataformas? É realmente melhor do que trabalhar embarcado?
- Não tenho experiência para falar sobre isso. Pois nunca embarquei, mas os relatos que tive das pessoas que trabalharam e/ou trabalham é que o melhor, é o tempo de embarque.


Alunas do CIAGA
1ON Silvana responde as alunas
É verdade que ocorrem mais assédios sexuais da parte dos homens numa viagem mais longa, por exemplo, se optarmos pelo longo curso?
- A realidade que o assédio  pode ocorrer sim, mas o que vejo no dia-a-dia a bordo é que a maneira com que você age e se comporta influência muito na atitude dos homens de bordo com relação às mulheres. Quando fiz viagem de longo curso, o Comandante que eu trabalhava aconselhou que a gente usasse roupas mais folgadas e sem decote.

Para quem quer manter um contato melhor com família, e para quem quiser entrar na internet com mais frequência ou ter algum sinal no celular, se possível, existe algum tipo de navio melhor? Ou é melhor um offshore, plataforma, sei lá?
- Hoje em dia a comunicação é bem mais fácil. A maioria dos navios e rebocadores já tem internet o que ajuda muito na comunicação, tem wi-fi, o que possibilita estar sempre conectado. E todos os rebocadores que trabalhei têm telefones que podem receber chamadas, além de algumas de vocês terem a possibilidade de fazer ligações. Já quanto a sinal de celular vai depender mesmo do tipo de embarcação que você estiver trabalhando. Na cabotagem os navios sempre estarão indo ao porto ou os Rebocadores PSV que pelo menos uma vez na semana estão no porto.

Muitas mulheres têm um relacionamento com mercantes. Se não for, como vocês fazem para lidar com a distância?

- Relacionamento a distância é sempre complicado. Quando se namora um mercante fica mais fácil. A maior confusão é tentar embarcar junto ou pelo menos fazer com que as escalas de embarque coincidam ou pelo menos fique próximo. Embarcar com namorado é muito bom. Ter alguém que você realmente confie e possa contar a bordo é maravilhoso. Faz os dias passarem mais rápido. Você só tem que aprender a dividir trabalho do relacionamento porque senão vai ser mais complicado estar embarcado juntos do que lidar com a distância.


Alunas CIAGA
1OM Adriana Borges responde as alunas

Em que ano você se formou?
- Me formei em 2006 e terminei a praticagem em 2007.

Como foi a recepção dos maquinistas em geral? Foram preconceituosos? Fizeram alguma piadinha? Ensinaram as coisas durante a praticagem sem preconceito e de boa vontade? Como é agora o seu relacionamento com eles lá dentro? Você já chegou lá sabendo muita coisa ou meio "zerada"? Você sentiu algum tipo de "teste" dos homens de lá para saber se você era boa ou não, por machismo?
- No geral a recepção dos maquinistas foi boa. Por sorte, na minha praticagem, peguei um navio petroleiro velho (N/T Lages), mas com uma tripulação excelente. O chefe de máquinas me ajudou muito. Ensinava e não tinha preconceito algum. Mas teve um maquinista que se recusava a ensinar uma praticante maquinista mulher. Minha sorte é que embarquei com outro praticante maquinista homem. Aí pegava o bizu com ele. O que o outro maquinista preconceituoso passava para ele, ele passava para mim.

Mas com o tempo fui mostrando para que eu estava ali para trabalhar e fui conquistando a confiança dele. Mas também tinham outros maquinistas, marinheiro de máquinas e moço de máquinas que ajudavam. Não se iludam.  TODOS no navio têm muito a nos ensinar. Eram super atenciosos. Mas é certo que também temos que fazer nossa parte. Correr atrás, ler manuais, perguntar. Se tinha manobra nova, eu ficava depois do horário, no meu quarto de serviço para ver e aprender. Até porque na escola aprendemos o básico. Algumas vezes os equipamentos que estudamos na escola têm a tecnologia menos avançada; e a cada quarto de serviço aprendemos uma coisa nova. Cada embarque em um navio novo é uma nova praticagem. Os princípios dos equipamentos são os mesmos, mas nas manobras usamos alguma tecnologia que a gente ainda não tem conhecimento ou só ouviu falar.

Precisamos estudar sempre. Terminando a praticagem, voltei ao mesmo navio e fui ser maquinista,  junto com ele, o ex-preconceituoso (rs). E lá fiquei por dois anos. Mudei de empresa e fui para um PLSV. No início é sempre a mesma desconfiança. Dessa vez foi um pouco pior por ser barco estrangeiro. Eu era brasileira, maquinista e mulher. Desconfiança dobrada.

Muitas vezes, em atividades simples, como limpar um filtro de óleo, eu era vigiada para ver se estava fazendo certo. Fazia que não via e continuava meu trabalho. Mas isso nunca me incomodou. Sempre fiz minha parte, sempre fiz o meu melhor para mostrar a minha capacidade profissional. Se tinha dúvidas, perguntava a outro maquinista ou ao primeiro maquinista ou ao chefe. Sem a menor vergonha. E mais uma vez consegui conquistar a confiança e o respeito deles. Passei três anos nessa empresa. Hoje já sou 1OM e estou de subchefe em uma embarcação PSV. No meu primeiro embarque, a tripulação de máquinas se questionou: “uma mulher 1OM?”. Aí embarquei, fui testada alguns dias e deu tudo certo. Faço que não estou sabendo que estou sendo testada. Faço meu serviço e vou conquistando meu espaço. Hoje, com mais experiência, é mais fácil. Mas sempre temos que mostrar que somos capazes. Graças a Deus, apesar dos preconceitos, de alguns testes para saber se eu era capaz, nunca ocorreu desrespeito comigo. Depois que mostramos nossa capacidade tudo fica mais fácil.

Quero muito agradecer a parceria das Oficiais que se propuseram a ajudar e a aluna Keyla Regina que nos enviou as perguntas.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mulheres Mercantes no Instagran

Não falei que mais novidades viriam por aí? Sabe onde estamos agora?  No Instagram.




Quem participou do último seminário do SINDMAR já pode compartilhar suas fotos e ainda concorrer a um brinde surpresa. É muito simples participar: basta usar o #mulheresmercantes.

Sua foto compartilhada em nossa rede. Até o fim do ano farei vários sorteios aqui pelo nosso blog.

Acompanhe o Blog e saiba como participar!

Blog das Mulheres Mercantes comemora 80.000 visitas


Pessoaaaaaal, que alegria! Sabem o nosso marco dessa semana? 80 miiiiiiiiil  visitas. Muito o que agradecer a vocês por tudo. Cada uma dessas visitas são um orgulho para mim. Criei nosso blog com o intuito de informar e interagir e esse número de visitas só me deixa satisfeita e realizada com o nosso sucesso.

Agora vamos rumo a 100 mil hein?? Super Feliz.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Da bota ao salto, a vaidade da mulher mercante

A Oficial de Náutica Joana Feitosa já esteve colaborando com o nosso Blog contando suas aventuras no Mar. Agora ela vem nos mostrar a grande transformação que acontece quando ela chega em terra, quando tira a sua bota e coloca um salto.

No passadiço da embarcação que tripula
usando seu macacão e botas de segurança

Joana Feitosa, 29, formou-se na EFOMM em 2009. Sempre muito vaidosa, nunca dispensa um "banho de salão" quando desembarca. Cabelo, corpo, unhas, sobrancelhas etc... Tudo o que nós mulheres adoramos. Além disso, ela também amaaaaaaaaaaa estar antenada com a moda. Roupas e sapatos são seus maiores hobbies.

A Oficial acabando de sair do Salão de Beleza
"Raras são as vezes que saio e não compro nada para mim", brinca Joana para nosso Blog.

A Piloto coleciona pares e pares de sapatos e sandálias. Coleção para qualquer mulher ficar louca. Roupas, então, nem se fala. Em casa ela tem closet só para as "coisinhas" dela.

Joana: "Não importa a onde eu vá, vou arrumada"
"Sempre busco estar bem comigo. Passo 28 dias trabalhando em trajes de segurança, macacão, botas, luvas... Muitas vezes com o cabelo preso. Então, quando chego em terra, adoro me produzir, usar roupas legais, sapatos confortáveis, maquiagem, perfume. Não importa aonde eu vá,vou arrumada"

Joana: "Acho que temos que estar bem vestidos,
homens e mulheres Mercantes"
Sempre valorizando a imagem da mulher que embarca, Joana não dispensa os cuidados em terra.

"Acho que temos que estar bem vestidos. Não digo só as mulheres mercantes, mas os homens também. Ganhamos um salário bom e devemos valorizar o nosso exterior também"

No detalhe do Closet da nossa Oficial
Ela adora dar dicas de salões, lojas e restaurantes. E já está pensando em se tornar blogueira também. Legal, né? Quem sabe em breve teremos mais uma marítima na Blogosfera.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A primeira vez a bordo de uma futura Oficial da Marinha Mercante

Gabriela Montenegro é cearense e cursa o 1° ano da EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante). Ela nos conta como foi sua primeira visita a um navio.

Aluna Gabriela 1°ano EFOMM

Como escolheu a Marinha Mercante?

- Na realidade eu fiz vestibular da EFOMM por acaso. Conheci o curso através do meu namorado. Ele sugeriu que eu fizesse para ter experiência em vestibulares. Então eu fiz, mas na realidade eu não estava focada em nenhuma escola militar. Estudava para o ENEM no intuito de cursar Engenharia Civil na UFC. Entretanto, como a maioria das pessoas na minha idade, eu não tinha certeza da profissão que queria seguir. Então fiz vários concursos e a EFOMM foi mais um deles. Por sorte, ele foi o 1° a divulgar o resultado. Então continuei no processo seletivo como garantia, pois vai que nada dava mais certo né? Acabou que tive varias opções, medicina, administração, engenharia civil, mas escolhi a EFOMM pela grande influência das pessoas que diziam que eu não poderia perder tal oportunidade e por eu não saber o que queria de verdade. Então fui para a adaptação sem muita certeza se ficaria, se era aquilo mesmo que queria, mas acabei ficando. E estou até hoje. Acabei de cursar o 1° semestre e estou gostando de verdade.

Quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou no curso até agora

- Sair de casa é muito difícil para qualquer pessoa. E comigo não foi diferente. Especificamente, lá na escola, a minha maior dificuldade foi o período de adaptação, porque eu sofri muito com a dúvida se era aquilo mesmo que eu queria, ainda mais porque eu estava deixando muita coisa boa para trás. Grandes oportunidades que eu tinha conquistado, minha casa, minha família...foi difícil, mas já passou, e eu consegui.

Alunas Gabriela e Isis no convés do navio Gurupá

Essa foi sua 1° visita a navio?

- Essa foi minha primeira visita sim. Eu fiquei encantada com tudo. O tamanho do navio, cada detalhe que existe nele. É incrível como tudo tem uma função. Por mais simples que a peça seja, ela serve para algo importante. Também adorei o ambiente. É muito bonito ver o mar de "dentro dele". A visita foi sem dúvida muito importante para minha escolha de curso e aprendizado, pois é bem mais fácil aprender na prática, não é?

Alunos conhecendo a praça de Máquinas do  navio

A escolha do curso será só no fim deste ano, Náutica ou Máquinas, já escolheu o que vai cursar?

- Já escolhi o curso. Quero, com certeza, Náutica. Espero realmente conseguir, pois não me vejo em outra coisa.

Alunos tendo instruções no passadiço do Navio

Pretende seguir carreira?

- Como estou no 1° ano, comecei agora. Não tenho muita certeza ainda de como será minha vida daqui a uns anos, mas, inicialmente, eu gostaria de seguir carreira sim. Vou procurar sempre fazer cursos e embarcar para que o Comando chegue o mais rápido possível. No entanto não sei ainda como irei conciliar isso com o fato de eu querer constituir uma família no futuro, mas ai somente o tempo vai dizer.

Ao final da visita no cais do porto de Mucuripe, em Fortaleza
Pronto, Laura, adorei participar do blog, obrigada mais uma vez por nos ajudar com a visita ao Navio, foi ótimo. Beijo

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Blog das Mulheres Mercantes é destaque em reportagem na revista UNIFICAR, do Sindmar

Oi geeeente: como disse na semana passada, a revista UNIFICAR do Sindmar fez uma reportagem bem interessante sobre Blogs. E o blog das Mulheres Mercantes mereceu o maior destaque. Publicaram duas páginas da minha entrevista.



As imagens acima são apenas para vocês terem uma ideia de como ficou a reportagem. Quem quiser ler a matéria e a minha entrevista na íntegra é só entrar no site do Sindmar. Ou clicar AQUI.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mulher do mar participa de protesto na rua

A Jordana Vieira é oficial de Náutica e se formou no CIABA em 2010, reside em Porto Velho e foi lá que ela participou de protestos na rua.

Jordana Vieira, oficial de Náutica

Como soube dos protestos na sua cidade?
 - Assim como a maioria, eu soube pelo facebook, além, claro, de já estar acompanhando os demais protestos pelo Brasil através da televisão. Eu estava na casa de uma amiga quando me chamaram. Não pensei muito e fui. Pintei o rosto e fui protestar.

Por que ir para a rua? 
 Acho que talvez a frase possa ser um hoje um clichê, mas "O gigante acordou". O povo cansou de suportar calado tanta corrupção, abusos feito pelo Governo, impostos altos, os mais altos do mundo. E como cidadã me senti no dever de lutar junto com os outros brasileiros, que contribuem para sustentar este país. Sem contar com a inversão de valores. Enquanto se trabalha dignamente para receber um salário minimo de pouco mais de R$ 600, tem preso embolsando mais de R$ 700,00. Não dá pra aceitar, é muita impunidade. O povo está sendo muito explorado para beneficiar uma minoria corrupta. 

Jordana pintou o rosto e foi para a rua

E por nós marítimos o que o nosso governo poderia mudar?
 Proteger nosso mercado de trabalho. Precisamos ocupar as vagas no nosso setor, precisamos de mais fiscais para a RN 72. Fiquei abismada em saber a quantidade de 60 fiscais para todo o país. É humanamente impossível." Para o Brasil, brasileiros", é isso que queremos. O petróleo é nosso, as riquezas têm que vir para os cidadãos brasileiros e não peruanos, chilenos, americanos, filipinos....etc... Para outras nacionalidades como as dos peruanos o Brasil e os salários de brasileiros é uma maravilha, eles não querem outra coisa. Agora ficamos nós brasileiros tendo que disputar mercado com uma mão de obra que muitas vezes não é tão bem qualificada como a nossa. Tem a barreira da língua também. Eu quero falar português no meu País. Eu sou absolutamente contra em contratar estrangeiros e deixar brasileiros desempregados. 

 Jordana acompanhada dos amigos no protesto:
"Eu fui para a rua naquele dia e irei sempre"

Obrigada, Jordana, por suas palavras. Precisamos de muito mais gente, tanto nas ruas, quanto nos nossos navios, dispostos a fazer a diferença. Parabéns por sua iniciativa e bons ventos.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sindmar divulga Blog das Mulheres Mercantes na revista Unificar

Genteeeeeeeee, Olha que tudo! Tô tão feliz! Na próxima edição da revista Unificar eu terei uma página todaaaaa minha para falar do nosso blog. Não é demais?

Tô super ansiosa para ver toda a matéria, mas até agora, em primeiríssima mão, só tenho esse pedacinho que consegui com o setor de imprensa. Assim que sair a reportagem eu aviso a vocês.



E quem não recebe a revista poderá lê-la pela internet. Então não haverá desculpas de não saber o que tá escrito na íntegra, hein!

Até la continuem lendo o blog. Está chovendo novidades.

Saudações Marinheiras a todos!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Mulheres Mercantes no 16° Seminário do SINDMAR em Recife

No final de semana passado, o SINDMAR  - Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante, o único representante legal da categoria dos Marítimos, reuniu no Hotel Amoaras, em Pernambuco, cerca de 160 pessoas. Dessas quase 90% eram alunos dos centros de instruções, CIABA e CIAGA.

Parte do público que participou do 16° seminário
Com o intuito de melhorar a visão dos associados e dos novos companheiros de trabalho sobre o mercado de trabalho, o seminário teve 3 dias de duração, com diversas palestras sobre o setor.


Palestrante Isabela Costa, Delegada Regional de Pernambuco,
mostrando as melhores formas de se informar sobre nosso sindicato

O palestrante Edson Areias demonstrou amor a profissão
e fez a plateia  vibrar com suas palavas

Esta sou eu, Laura Teixeira, palestrando sobre o
novo mercado que se apresenta para o  jovem oficial


Após o término do Seminário deu para sentir a satisfação de todos os presentes com o conteúdo de tudo que foi passado, bem como com o que o nosso sindicato tem feito para a categoria, na defesa do mercado e da mão de obra brasileira nas águas brasileiras.


Uma das coisas que mais me deixou feliz é que muitas mulheres estiveram presentes. Isso demonstra que mais e mais estamos dentro deste mercado e estamos sim interessadas em melhorar.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Expectativas de uma futura formanda da Marinha Mercante

Meu nome é Elisa Falcão Ferreira, tenho 22 anos. Sou natural do Rio de Janeiro, mas antes de ir para o CIABA eu já morava em Recife há 10 anos, e me considero bem pernambucana. Sou do 3º ano de Náutica.
Elisa Falcão, aluna 3° ano de Náutica - CIABA

 Como conheceu a Marinha Mercante?
- Através do irmão de um amigo, que fazia EFOMM e se formou em 2007. Foi através dele que eu soube da Escola, de algumas coisas sobre embarques e praticagem. Depois, vários amigos meus do Colégio Militar foram se formando, e a cada dia eu ia sabendo e me encantando mais. 

 O que te motivou a seguir esta profissão?
- Mentiria se falasse algo que não fosse o dinheiro, a minha independência financeira. Mas essa foi a motivação inicial, hoje tenho outros objetivos. Eu realmente me apaixonei pela ideia da profissão, tenho vontade de me aperfeiçoar e de fazer o meu trabalho com excelência. 

Depois de 3 anos, faltando 1 semestre para se formar, o que teve de maior experiência dentro da escola?
- Sem desmerecer os estudos em geral, é fato que aprender a conviver o tempo inteiro com pessoas totalmente diferentes de você, e com pensamentos opostos, nos faz crescer demais. Eu estou saindo da Escola uma pessoa muito mais tolerante e madura, e tenho certeza que isso é uma coisa que vai me ajudar na convivência a bordo e pra vida toda.

 
Elisa em visita ao AVIN, embarcação de instrução da escola

Sentiu algum preconceito por ser mulher? Teve dificuldades por ser mulher?
Não senti esse preconceito na Escola. Pelo contrário, sempre fui tratada de igual pra igual pelos homens da minha turma. Mas eu sempre trabalhei a minha cabeça para esse preconceito, e acho sim que em algum momento da profissão o preconceito vai existir. Como as mulheres fizeram na história da Marinha Mercante, brilhantemente, eu também quero estar preparada pra mostrar o nosso valor através do meu trabalho, dedicação e profissionalismo. 

Em pouco tempo terminará seu curso e partirá para a praticagem. O que espera?
- Primeiro eu espero uma vaga de praticagem, a verdade é essa. Com a vaga certa, eu espero um ano de muito aprendizado, muita ralação e experiências engrandecedoras. 


O que espera do mercado de trabalho que está em seu horizonte?
- Espero que tenha espaço e valorização para o marítimo brasileiro, não acho que é pedir demais.

Quais conselhos você daria para as meninas que estão de fora querendo ingressar na MM?
- Essa é a pergunta mais difícil de todas, sem dúvida. E ela é complicada pelo único e simples fato de que impressões são bem particulares e os conselhos que eu gostaria de ter recebido talvez não tenha nada a ver com a realidade de uma menina que está prestes a fazer um concurso como esse. Só tenho a dizer que vale a pena. Que da pequena experiência que eu tive até agora, que foi a Escola, vocês vão tirar coisas impagáveis. Amizades pra vida toda, crescimento pessoal incrível, amadurecimento, realização e uma aquisição de paciência que até você vai se surpreender.
Meu "conselho" é que venham, se esforcem e venham! 

Algo mais que você queira dizer?
- Foi um prazer imenso dar essa entrevista. Te admiro muito desde a palestra que ministrou no CIABA. Fiquei impressionada com a sua desenvoltura e poder de se fazer entender tão facilmente. Com certeza você contribui na formação de opinião e na nossa vontade de correr atrás dos nossos direitos e vencer.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mulheres poderosas em grupo de elite da PM


Oi geeeeennnnnteeeeee. Tenho andado envolvida em outros projetos, mas em breve vou voltar aqui no nosso Blog com toda a força. Vejam a matéria que recebi de uma amiga de Vitória. É do jornal "A Tribuna". Vale a pena ler. É só tocar com oa setinha do mouse na imagem.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Mesmo com mestrado mulheres ganham menos do que homens

Oi, geeeennteeeeeeee! Vejam que texto interessante recebi do nosso colega Edson Areias. É um absurdo que esse tipo de coisa continue acontecendo. Puro preconceito, puro desrespeito. Mas é sempre bom lembrar que, apesar de a pesquisa abaixo demonstrar que as mulheres continuam em média recebendo menos do que os homens para trabalhos iguais e com a mesma responsabilidade, na Marinha Mercante isso não acontece. E isso não ocorre à toa e de graça. Mas sim, no nosso caso, à existência de elevado número de Acordos Coletivos de Trabalho que não distinguem gênero nos contratos de trabalho. Geram ainda um cenário no mercado de trabalho impossível de ser ocupado com remunerações diferentes independente do gênero de quem trabalha. É disso que a gente tem que se orgulhar.



Mulheres com mestrado ganham menos do que homens com a mesma titulação
Mariana Tokarnia - Agência Brasil - 22/04/2013 - Brasília, DF

Imagem ilustrativa tirada da internet

O número de mulheres com mestrado no Brasil é maior que o número de homens com a mesma titulação. Elas representam 53,5% dos mestres no país e eles, 46,5%. No entanto, em termos de remuneração, as mulheres ganham em média R$ 5.438,41, 28% a menos que os homens, que recebem R$ 7.557,31. Os dados foram divulgados hoje (22) pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) no estudo Mestres 2012: Estudos da Demografia da Base Técnico-Científica Brasileira.

Segundo o estudo, que utiliza dados do final de 2009, as mulheres têm uma participação maior (71%) nas áreas de linguística, letras e artes. Na área de ciências sociais aplicadas, onde a remuneração é maior, as mulheres representam 43,2% dos empregados. Na segunda área de maior remuneração, as engenharias, as mulheres têm a menor participação relativa entre os empregados, 27,9%.

Os números mostram que, dentro de uma mesma carreira, ocorre diferenciação. Nas engenharias, homens com mestrado ganham em média, R$ 8.430,18. As mulheres com a mesma formação e carreira, recebem em média, R$ 6.133,98. Em linguística, letras e artes, carreira em que são maioria, as mulheres recebem em média R$ 4.013,87 e os homens, R$ 4.659,60.

Um dos fatores para essa diferença salarial, explica a coordenadora técnica do projeto, Sofia Daher, assessora técnica do CGEE, é que existem `menos mulheres em cargos de confiança, nos quais os salários são maiores`.

A diferença aparece também entre as regiões. `Em 2010, a remuneração média mensal dos mestres que eram mulheres era 44% menor do que a dos homens nas regiões Sudeste e Sul. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, a diferença era respectivamente 38% e 37% enquanto que na Região Norte era 18%`, diz o estudo.

`A diferença de remuneração por gênero é algo que temos que pensar e melhorar. A educação corrige uma parte, mas não corrige totalmente a distinção que está na sociedade`, diz o presidente do CGEE, Mariano Laplane. O mesmo, segundo ele, se aplica para a população negra.

Os brancos, que correspondem a 47% da população, representam 80% dos mestres e doutores. Os pardos, que são 42% da população, representam 16% dos mestres e 12% dos doutores. Os negros são 8% da população, 3% dos mestres e 2% dos doutores.

Em dados gerais, de 1996 a 2009, a formação de novos mestres cresceu 10,7% no país. O Distrito Federal é a unidade federativa com maior número de mestres por habitante, 5,4 mestres por mil habitantes entre 25 e 65 anos de idade. Cerca de 43% desses profissionais atua na área de educação. A titulação oferece um aumento de salário - mestres recebem 83% a mais que graduados e doutores 35% a mais que mestres.

`O mestrado é um treinamento rápido, de dois anos, que atende a uma demanda maior que o doutorado. O mestrado atende a uma demanda do setor produtivo da nossa economia. Temos conseguido expandir a etapa de ensino para regiões mais carentes, para formar mão de obraqualificada`, diz Laplane.