quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Mulher Mercante, mãe de três e avó

Hoje quero apresentar a vocês a Edilza de Paula Marques, Marinheira de Convés, nascida em São João do Meriti. Ela conheceu a Marinha Mercante quando trabalhava como coreógrafa de bailes de 15 anos. Em um desses, conversando com o pai da aniversariante, descobriu o que queria ser, uma Mulher Mercante.

“Quando comecei a viajar a minha filha mais nova tinha 8 anos"
Em 1996 Edilza se inscreveu no curso de CBCV no CIAGA. Hoje para quem deseja se inscrever em um curso tem que procurar uma das Capitanias dos Portos ou procurar as ofertas no site da DPC.

Tradicionalmente e operacionalmente o serviço prestado por um marítimo a bordo exige muito esforço físico e força. Edilza não se deixou abalar pelas condições e resolveu encarar de frente o desafio.

“Bom, o trabalho em si tudo bem. Consigo lidar. A convivência que é um pouco desconcertante devido alguns homens não aceitarem nós, mulheres, a bordo. Mas, aos poucos, eles estão aceitando. Com isso eu também passei a ter jogo de cintura para algumas situações desagradáveis.”

Quem não acredita que é possível ou achava que não existia, ela embarca em um regime de 3 meses a bordo e 45 dias em casa, Edilza é mãe de três filhas. Isso mesmo três e mais: ela é avó de uma garotinha de 3 anos.


"Tenho 3 filhas, uma com 27 anos,  outra com 25 e  a mais nova com 23. Além disso uma netinha linda de 3 anos, minha princesa."

"A saudade é grande"
“Quando comecei a viajar, minha filha mais nova tinha 8 anos e conversei com elas sobre o tempo que ficaria fora e que elas ficariam em casa com o pai.  É difícil, pois a saudade é grande. Em 2001 eram muitas cartas que escrevia em cada porto, pois era de 6 meses o embarque e dois meses em casa. Muito tempo sem vê-las.”


Hoje, com 51 anos, Edilza está cursando técnico Ambiental e futuramente sonha em fazer um curso para segundo piloto.


Hoje com 51 anos ela sonha em ser Segundo Oficial de Náutica

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Projeto de Lei discute ampliação da Licença Maternidade para um ano

Achei essa reportagem na revista Exame Online que fala do projeto de Lei 6998/2013. Alguns de nossos leitores podem conhecer, mas é preciso pensar um pouco mais sobre ele.

O PL tem como ponto central o aumento da licença - maternidade para um ano e da paternidade para um mês.

Veja a reportagem na íntegra na Revista Exame.

Foto: reprodução revista Exame.com
Independente do necessário acompanhamento do projeto em tramitação, acho importante destacar alguns pontos:
  • Uma vez ou outra surgem projetos de lei com este, voltado para o aumento da licença maternidade ou paternidade, mas nada de novo no “front”.
  • Usualmente são projetos genéricos que não especificam esta ou aquela condição de exercício profissional para justificar tal aumento. É o caso do projeto divulgado.
  • Infelizmente costumam dar em nada. Servem apenas para dar visibilidade política ao autor. Infelizmente. Acredito ser este mais um caso
No modo de ver do nosso Sindicato:

O SINDMAR tem clara visão na defesa deste tema. A Mulher Mercante exerce condição de exercício profissional ímpar que justifica condições diferenciadas no que se refere ao tempo da licença. A amamentação é uma das condicionantes que nos leva a tal esforço. A ambiência de bordo é imprópria para o convívio da mãe com o bebê de poucos meses, o que é um complicador para o caso da amamentação, além da violência do afastamento rápido e repentino do bebê. Isto sem mencionarmos o período de gestação, propriamente dito.

O SINDMAR também defende que os custos decorrentes destes regimes diferenciados não devem ser impingidos à empresa empregadora e sim à sociedade através da previdência social. Isso para que não haja discriminação em relação à nós mulheres, por parte da empresa empregadora.

Pela experiência que o nosso SINDMAR já adquiriu na tramitação de projetos de lei, ele vê tais iniciativas levadas à efeito de forma genérica muito mais como um complicador do que uma ajuda a esta tão necessária mudança do prazo de licenças.

Facilitaria muito que obtivéssemos do Poder Executivo a compreensão e sensibilidade para o nosso caso, elaborando  uma Mensagem do Executivo ao Congresso Nacional e encaminhando um Projeto de Lei de sua autoria nos dando adequado tempo de afastamento do trabalho à bordo e um período  adequado para a convivência com nossos bebês, livrando-nos de um retorno em curto espaço de tempo para a rotina de bordo, impossibilitando-nos de prover cuidados indispensáveis  nos primeiros meses de nossos filhos, entre estes a importante amamentação.

Sabemos que isto não nos será doado, por isto precisamos participar mais junto de nosso SINDMAR, produzindo pressões que estimulem a compreensão e a sensibilidade acima mencionadas.

Por fim, costumo observar que é muito importante que motivemos nossos companheiros a bordo a nos ajudarem neste processo. Afinal, além de ser um indispensável ato de solidariedade para conosco e nosso bebê, não raro poderão estar contribuindo para uma melhor gestação de seus próprios filhos, isto porque não é raro que tanto o papai quanto a mamãe sejam mercantes, além de garantirem um melhor período nos primeiros meses dos bebês, que pode fazer uma diferença enorme ao longo de suas vidas.

E claro, das nossas, também.

domingo, 23 de novembro de 2014

Você sabia?






Que a primeira chefe de máquinas assumiu em 2011. Isso mesmo. E se chama Roseane Sinimbu.

Ele se formou no CIABA em 2001 e escolheu ser oficial de máquinas com uma divertida história.

"Fico feliz pela decisão porque gosto muito mesmo de máquinas.
Acredito que não seria tão bom o trabalho se escolhesse náutica."

"Parece até piada, mas na época em que começou o embarque (apenas alguns dias) pra escolha entre máquinas e náutica, peguei catapora. Então tive que decidir no escuro mesmo. Minha opção nunca foi voltada para o mar. Decidi pensando em trabalhar em terra. E fico feliz pela decisão porque gosto muito mesmo de máquinas. Acredito que não seria tão bom o trabalho se escolhesse náutica."

Roseane fala como foi o começo de sua profissão:

"Sempre o que é novo é visto com um pouco de cuidado e cautela e comigo não foi diferente.
No começo houve um pouco de aversão tanto por ser mulher como também por meu porte físico que não é nada grandioso. A máquina sempre foi vista como uma coisa pesada e bruta. E a primeira impressão de quem vê é contar quanto tempo uma pessoa assim suporta o calor, cansaço, peso e pressão. E com muita garra e persistência consegui."


"No começo houve um pouco de aversão tanto por ser mulher como também
por meu porte físico que não é nada grandioso"

Roseane nos falou que tudo foi acontecendo normalmente até chegar a 1OM Primeira Oficial de Máquinas. Depois decidiu que não poderia parar por aí. Que houve medo, sim. Mas tinha que fazer isso por ela e pelas pelas pessoas que acreditaram na sua capacidade.

Ela tirou sua licença para assumir de CFM devido ao tempo de embarque que já a permitia. Então a empresa a colocou no curso que precisava.


"Isso significa pra mim como meu trabalho é reconhecido pela empresa."
A primeira Chefe de Máquinas fala qual foi seu maior desafio na carreira:

"Acredito que foi um desafio e uma conquista ter sido convidada à participar da construção e equipe da tripulação do navio Sérgio Buarque de Holanda. Isso significa pra mim como meu trabalho é reconhecido pela empresa."

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Vai para onde quando desembarcar?

Imaginem um paraíso de águas claras e calmas. Essa praia foi a dica do nosso leitor e marítimo Jamison Medeiros. E ai? Que tal conhecer a sugestão dele?




Como bom pernambucano, o Oficial de Máquinas nos seus descansos adorar curtir e relaxar. Sempre que dá, ele procura esse paraíso.

A Praia dos Carneiros fica próximo a famosa praia de Porto de Galinhas, mas com um grande detalhe: sem badalação.




Capela de São Benedito, construída no século XVIII,
onde são realizadas cerimônias de casamento

O mar calmo favorece a prática de esportes náuticos. E tem como peculiaridade o fato de ainda hoje estar intocada, graças à consciência de preservação dos proprietários dos poucos sítios que formam a praia.

Praia praticamente intocada

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Apaixonadas por mar e por fotografia

Essa dupla não para nunca. Apaixonadas por fotos, elas aproveitam a amizade e os desembarques para fazerem "clics" fantásticos.

Leiam a história dessas amigas, Imediatas no Offshore e apaixonadas pelo mesmo hobby.

 Tainá e Kika 
A Kika e a Tainá  se conheceram por intermédio da irmã da Tainá, a Suzanna, que é amiga da Kika há mais tempo. Um dia a Kika comentou que estava se preparando para fazer o curso do ASON e foi nessa hora que a Suzanna decidiu apresentá-las, já que nessa época a Tainá estava terminando a EFOMM. Isso há exatos 10 anos. A amizade começou ali, e mesmo na época em que as escalas delas eram totalmente contrárias, elas sempre mantiveram o contato. 

Atualmente as duas trabalham como Imediato em embarcações offshore e no período de repouso é que elas produzem essas belas fotos.

Kika nos contou que sempre gostou de fotografia, mas que foi de uns cinco anos para cá que ela começou a se especializar. No currículo já constam quatro cursos, sendo dois deles feitos em Belém, um em Natal e um em Manaus. A paixão dela é fotografar pessoas, deixando-as mais bonitas. Foi essa paixão da Kika pela fotografia que fez com que a Tainá passasse a gostar de ser fotografada. 

A paixão dela é fotografar pessoas, deixando-as mais bonitas

Essa parceria já rendeu alguns ensaios, que vocês podem conferir nas redes sociais da @kikasfotografia.

O primeiro book que elas fizeram juntas fez tanto sucesso nas redes sociais que então elas decidiram fazer parceria com lojas de amigas das duas. 



O primeiro book que elas fizeram juntas fez tanto sucesso nas redes sociais
que então elas decidiram fazer parceria com lojas de amigas das duas

Uma dica que a Kika dá para quem tem como hobby a fotografia e quer melhorar suas fotos é adquirir uma máquina semiprofissional das marcas Nikon ou Canon (T3i) e fazer um curso básico de fotografia, para poder aprender a usar todos os recursos que uma máquina desse porte pode oferecer ao fotógrafo.

domingo, 16 de novembro de 2014

Você sabia?





Que o Capitão de Longo Curso Francisco Cesar Monteiro Gondar tem atualmente, 2.600.000 ( dois milhões e seiscentas  mil) milhas marítimas navegadas.

Hoje ele tem contado 8.965 dias embarcados!!! Isso dá mais de 24 anos, dentro de um navio!

Com essa quantidade de milhas ele já teria, considerando que a distância entre a terra e a lua é de 238.857,00 milhas, ido a lua mais de 10 vezes se navegasse por água até lá pudesse..


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Vamos fazer história mais uma vez

Quem gosta de “furo de reportagem” levanta a mão!!

Mais uma vez a CMT Hildelene é pioneira. Na sexta feira dia 07/11/14, nossa estimada Comandante foi indicada pelo SINDMAR como candidata a uma vaga no CAEPE, da Escola Superior de Guerra – ESG.




Se ela emplacar, o que não é fácil, pois há muito mais candidatos indicados do que vagas, o SINDMAR irá fazer história pela terceira vez, junto com nossa Comandante.

A primeira foi em 2005 quando recebemos convite para uma indicação. Até então nunca um oficial mercante havia feito este tão disputado curso de altos estudos estratégicos. Nosso candidato foi um dos escolhidos e realizou com brilhantismo o curso em 2006.

A segunda foi este ano ao conseguirmos que o Oficial de Máquinas Marco Junqueira ocupasse uma cadeira. Não foi fácil também. Era  a nossa terceira tentativa com oficiais de máquinas. Nunca até então, um oficial de máquinas havia cursado. 

Para nós foi tão importante que demos a esta conquista a capa da nossa revista UNIFICAR.



Link para Unificar :http://www.sindmar.org.br



Agora queremos continuar fazendo história conquistando uma cadeira para uma mulher mercante.

A indicação para estas vagas é privilégio de pouquíssimas instituições, e o SINDMAR, batalhou muito para se tornar referência e conseguir tal satisfação.

Se conseguirmos emplacar será uma vitória a ser comemorada!

Vamos ver no que é que dá, certo?  E ficar na torcida por nossa Comandante, que muito nos encherá de orgulho sendo mais uma vez pioneira.

O primeiro passo, o mais importante deles, foi dado. Os outros desafios só existem por causa deste primeiro passo, o qual só é possível graças ao prestígio de nosso SINDMAR.

Sobre o Curso:

Preparar civis e militares do Brasil e de Nações Amigas para o exercício de funções de direção e assessoramento de alto nível na administração pública, em especial na área de Defesa Nacional.
Público-alvo: oficiais-generais e oficiais superiores das Forças Armadas, Forças Auxiliares e de Nações Amigas e civis indicados por instituições convidadas.
A estrutura curricular do CAEPE é disposta em duas grandes fases que refletem a abordagem metodológica do curso (fase básica e fase conjuntural), divididas temporalmente de acordo com as fases do Método de Planejamento da ESG.
Os diversos Estudos estão organizados por meio de Disciplinas, pelo critério de afinidade e coordenação dos assuntos e áreas de conhecimento. A fase básica apresenta fundamentos e conceitos que servirão de fundamento para os estudos e atividades de alta complexidade que se ocorrerão a seguir. A fase conjuntural aprofunda e integra conhecimentos que vão possibilitar a efetivação de avaliações conjunturais e a construção de cenários, nacionais e internacionais, elaborados nesta fase. Durante esse período, são estabelecidas condições para que o estagiário complemente os conhecimentos iniciais por meio de estudos de problemas conjunturais do Brasil e outros relacionados ao interesse nacional, organizados nas Expressões do Poder Nacional, a saber: Política, Econômica, Psicossocial, Científica e Tecnológica e Militar.
O CAEPE funciona ao longo de, aproximadamente, 40 (quarenta) semanas, possuindo carga horária total de 1.000 (mil) horas. O detalhamento da estrutura curricular do CAEPE pode ser visualizado a seguir.
Fonte: www.esg.br/


terça-feira, 11 de novembro de 2014

O nome é de ferramenta, o amor é de humano

Casada recentemente, a Oficial de Máquinas Aray Pignan, que embarca num regime de 28 x 28, resolveu com seu marido com o qual embarca junto, adotar um filho de quatro patas.

A relação de amor entre eles vai além de humano x animal, como ela mesmo descreve. Clutch, o cãozinho, escolheu eles como "humanos de estimação".

Leiam o depoimento abaixo de uma pessoa apaixonada.

"O Clutch nos escolheu como ´humanos de estimação` há dois anos e meio. Ele é um buldogue francês e decidimos escolher essa raça devido a sua personalidade, por ser sociável e carinhoso. Como eu e meu marido somos maquinistas, seu nome foi escolhido devido a um equipamento que existia a bordo da embarcação que trabalhávamos. 

O Clutch nos escolheu como "humanos de estimação"  Aray, Clutch e Islando
Ele é um filho de quatro patas, que demanda atenção, carinho e cuidados. Como por enquanto não temos filhos, ele nos ensinou que devemos ter responsabilidades para com um ser tão indefeso e dependente de nosso cuidado para tudo, ou seja, estamos treinando para quando nosso herdeiro chegar (risos).

"Como por enquanto não temos filhos, ele nos ensinou que devemos ter responsabilidades
para com um ser tão indefeso e dependente de nosso cuidado"

Eu e meu marido embarcamos juntos, no mesmo barco e período, e, quando viajamos, quem fica com o Clutch é minha sogra Solange, que também é louca por ele.
Ter um bichinho de estimação faz muito bem pra gente. É um amor que não pede nada em troca. Eles te amam incondicional e independentemente da sua cor, credo, se você é rico ou pobre, feio ou bonito. Sempre te espera voltar, não importa o tempo que for. 

"Ter um bichinho de estimação faz muito bem pra gente, é um amor que não pede nada em troca"
Acredito que ter um animal de estimação exige responsabilidades que já citei acima, e devemos pensar muito bem antes de adquirir um. Como "dog lover" defendo que todos  tenham uma ótima qualidade de vida, seja ela canina ou felina. Seu tempo conosco já é bem pequeno e devemos propiciar o melhor para eles! 

"Como "dog lover" defendo que todos  tenham uma ótima qualidade de vida seja ela canina ou felina"
Sempre digo que se não quiser ter trabalho, melhor comprar uma pelúcia, que não late, não solta pelo, não suja seu sofá, destrua seus móveis e faça xixi no lugar errado. Isso tudo vem no pacote, mas para mim e meu marido tudo isso é insignificante diante do amor que ele nos dá.

"Sempre digo que se não quiser ter trabalho, melhor comprar uma pelúcia"
Laurinha obrigada pela oportunidade, adorei o convite e adorei mais ainda escrever pro seu blog!!!! Clutch manda lambibeijos pra você e todos leitores do Blog Mulheres Mercantes."

sábado, 8 de novembro de 2014

Vai para onde quando desembarcar?

Já programou o que vai fazer quando desembarcar?

Nosso blog vai dar dicas semanais de lugares espetaculares para aproveitar o seu descanso.

Vamos começar com uma das praias mais cobiçadas por turistas que gostam de natureza, beleza e rusticidade.

Jeri, como é intimamente chamada pelos que já conhecem Jericoacoara, é uma ótima opção para quem procura muita natureza e descanso.

Com águas mornas e transparentes, Jeri te convida para um descanso na rede
Jericoacoara é um Parque Nacional localizado a 300 km a oeste de Fortaleza. Reúne um conjunto de belezas naturais de diferentes biomas criando um lugar único. Em 1994 o jornal americano “Washinton Post” a escolheu como uma das dez mais belas praias do mundo.  A vila não possui postes de iluminação para preservar a iluminação proveniente da lua e das estrelas, as ruas são de areia e não existe estrada de acesso nos últimos 15 km, portanto é necessário veículo 4x4 para chegar.

JERICOACOARA: O nome "Jericoacoara" deriva do tupi-guarani yuruco (buraco) + cuara (tartaruga), ou seja, ‘buraco das tartarugas” – devido à ocorrência de desova de tartarugas marinhas na praia. Segundo antigos pescadores, no entanto, o nome vem do formato do Serrote que, visto de alto mar, lembra um jacaré deitado, ou, numa expressão local, um jacaré quarando ao sol. O termo teria originado o nome do lugar: Jacarequara que com o passar do tempo transformou se em Jericoacoara

Em Jeri, há várias pousadas, desde as mais simples até as mais modernas. 

Jeri é um parque ecológico muito preservado, e não se trata só de uma praia e sim, belezas naturais situadas numa região. 


A praia principal de Jericoacoara, perto da vila, tem como principal atrativo a Duna do Pôr do Sol. Esta enseada não é tão bonita como as outras atrações da região, porém, o seu pôr do sol realmente é lindíssimo. Você pode apreciá-lo do alto da imensa duna que ali se encontra, ou mesmo da praia. Aprecie pelo menos uma vez o pôr do sol de Jeri. Com certeza, você não vai se arrepender. Depois do pôr do sol, há uma apresentação de capoeira na praia, que complementa esse momento mágico.


A Praia da Malhada é um pouco mais afastada do centro de Jeri, mas dá para ir caminhando para chegar lá. A praia é linda, muito bem preservada. Não tem barracas, restaurantes, ou coisas do tipo. Dá para tomar um banho de mar maravilhoso, estender a canga embaixo dos coqueiros que tem por lá, e relaxar. Tudo é bem natural. Não se esqueça de levar água e outras coisas que forem necessárias.


A Pedra Furada é uma formação geológica realmente muito incrível. É uma obra natural da mãe natureza. Vale a pena ver, mas, tem que fazer um esforço para chegar lá. Opções: você vai caminhando da Praia da Malhada até a Pedra (em torno de uma hora e meia); ou você pega um buggy que deixa próximo à Pedra (mas mesmo assim, o buggy para num ponto que você tem que caminhar pelo menos uns quarenta minutos até lá); ou ainda, você pode ir de charrete que sobe uma espécie de serra, que para num determinado ponto, e de lá você desce, até chegar à Pedra, em torno de 10 minutos. Essa descida/subida é bem cansativa. Vale a pena, mas, como eu disse, tem que fazer um esforço, e ter preparo físico. 


Pedra furada Jericoacoara - CE

As lagoas de Jeri são uma atração à parte. Uma dica é conhecer as lagoas Azul e a do Paraíso no mesmo dia. O roteiro também pode passar pela árvore da preguiça e pelas maravilhosas dunas do Parque de Jeri. Geralmente, o passeio da Lagoa da Torta é feito em outro dia, e o roteiro inclui mangues secos, dunas, observação de cavalos marinhos num riozinho que tem por lá, visita ao município de Tatajuba, antes de chegar à Lagoa da Torta. A Lagoa do Paraíso, atualmente, é a mais bonita das lagoas. Uma dica: se quiser ficar só na lagoa do Paraíso, negocie com motoristas de caminhonetes que ficam no centro de Jeri, pois o preço sai mais em conta. A lagoa do Paraíso é grande, por isso, se preferir mais sossego, procure o lado menos badalado da lagoa. Todas as lagoas de Jeri têm redes dentro da água. Tomar sol nas redes das lagoas de Jeri é sensacional: você vai se sentir no paraíso!


Jeri tem várias lagoas que te levam ao paraíso
A noite na vila de Jeri é muito boa. O céu estrelado de Jeri é lindo. Há barzinho com músicas ao vivo, lojinhas, tem o dia do forró, tem o dia do samba etc. Você pode ir a todos os lugares a pé, pois tudo é perto. Você faz amizades, conhece outras pessoas, muitas delas de outros países (há milhares de estrangeiros em Jeri). Enfim, o astral de Jeri é ótimo. As ruas de Jeri são de chão de areia, por isso, nada de saltos, só chinelinho, roupas leves, simples. Não precisa lotar a mala. Leve o básico. 
O fim de tarde em Jeri é algo único
Uma dica importante é levar dinheiro em espécie. As pousadas, lojas e restaurantes aceitam cartões, mas os passeios só são pagos em dinheiro. Dá para sacar dinheiro nos Correios de Jeri (mas pouco), ou em Jijoca, que tem caixas eletrônicos. Em Jeri não há caixas eletrônicos. Por isso, vá preparado. 

Jeri é um lugar lindo, que te conquista aos poucos, e deixa uma saudade incrível depois. Vale a pena conhecer esse pedacinho do paraíso.


Boa viagem!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Fazer o bem sem olhar a quem

A Oficial de Náutica Thayse Palheta, mora em Vigia -PA. Se formou no CIABA em 2012 e resolveu dar um show de humanidade.

 Aos 22 anos resolveu doar parte de seu cabelo, que, por sinal, é lindo, para ajudar mulheres com câncer da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer do Hospital Santa Rita de Cássia em Vitória - ES, que aceita doações de no mínimo 15 cm de cabelo.

Vejam abaixo a postagem que ela fez em sua página social.

A intenção é divulgar!!!

"De repente me vem à cabeça que pequenas coisas fazem diferença na vida de outras pessoas, principalmente para as que não têm esperança, não têm sorrisos e não encontram uma razão para ser feliz. E foi nesses momentos que me veio a vontade de fazer uma doação, que para mim, claro, não vou mentir, foi difícil. 
"Foi nesses momentos que me veio a vontade de fazer uma doação,
que, para mim, claro, não vou mentir, foi difícil. "
Resolvi cortar o cabelo de modo que outra pessoa pudesse usá-lo. Fui ao salão e, por um momento, quis desfazer o que eu tinha planejado, mas pensei: se para mim é tão duro ter que cortar o meu cabelo, imagina para as crianças e adultos que estão vendo e sentindo a queda dos cabelos? Tentei sentir o quanto é ruim, duro e cruel perder a cada dia vários fios de cabelos. 

"Tentei sentir o quanto é ruim, duro e cruel
perder a cada dia vários fios de cabelos"
Li em uma postagem que quando uma mulher perde o cabelo, parte de sua vaidade e autoestima vai junto com a queda, principalmente para as pessoas que fazem quimioterapia. Podem ter a certeza que isso faz toda a diferença para quem está passando por esse momento tão difícil na vida. Se informe na sua cidade o lugar para doar suas madeixas, e, se não tiver, há a opção de enviar pelos correios. 
O cabelo cresce de novo. Precisamos divulgar para aumentar ainda mais o número de doadores de cabelo.

"Tem gente de todas as idades e raças precisando de uma boa ação! "
Doe cabelo, doe alegria, doe esperança!"

Para quem tem interesse em doar, segue abaixo os endereços:

No Rio de Janeiro
Banco de Perucas Laço Rosa - Rua Desembargador Isidro, 18, Sala 910, Tijuca, Rio de Janeiro, Cep 20521-160. Telefone: (21) 7974-8504


Em São Paulo
ONG Cabelegria - Avenida Parada Pinto, 3420, Bl. 06, Ap. 33, Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo, Cep 02611-001.

Email: cabelegria@gmail.com

Em Minas Gerais
Instituto Mário Penna - Rua Guaicuí, 20 / 15 andar, Cidade Jardim, Cep 30380-380, Belo Horizonte (MG). Telefone: 0800 039 1441

No Espírito Santo
Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer do Hospital Santa Rita de Cássia - Avenida Marechal Campos, 1579, Santa Cecília, Cep 29043-260, Vitória (ES). Telefone: (27) 3334-8058


No Pará
ONG dos Ribeirinhos Vítimas de Acidente Motor (Orvam) - Avenida João Paulo II, Lote 134, Castanheira, Cep 66645-240, Belém (PA). Telefone: (91)3231-1177.

Email:contato@orvam.ogr.br

Existem em outros locais do Brasil também.