sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fique atenta ao câncer de mama. Porque a vida não pode parar


Meninas, o assunto é sério e importantissimooooooooo... Todas temos que estar muito atentas para o risco do câncer de mama, principalmente se você tem algum caso de câncer na família.
Minha mãe está em tratamento de câncer de mama, e só depois que sentimos a doença tão pertinho de nós é que atentamos para tal. Agora tenho feito meus exames com uma frequência bem maior do que antes. A ida ao ginecologista com um intervalo de, no mínimo, um ano é muito importante. Por sorte, o câncer da minha mãe foi detectado no começo e ela está em processo de tratamento; mas está aqui, ao meu lado, viva e cheeeeeeeia de amor para me dar.

Eu e minha mãe, Arabela

Sei o quanto é difícil a vida a bordo e que o tempo em terra é muito precioso. Mas retire um pouquinho desse tempinho e vá ao médico. Previna-se, faça o auto-exame; ajudará no caso de diagnóstico precoce.
Cuidem-se. Amem a vocês mesmas!!!
Ame a vida. Câncer de mama tem cura, se diagnosticado no início!
No site abaixo vocês poderão encontrar muitas informações e poderão fazer um ato muito simbólico em que o país todo já está engajado. Coloquem o laço rosa na sua foto do perfil de alguma rede social, como Orkut, Facebook etc...

Quer conhecer o site "Mulher consciente"? Clique aqui.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Encontro do Grupo Pelicanos Mercantes

O Blog das Mulheres Mercantes é de todos. Quem quiser divulgar informações que sejam do interesse de todo o pessoal da Marinha Mercante fique à vontade.

Como o nosso amigo oficial mercante Edson Areias que pediu para que divulgasse no Blog informações sobre o Encontro do Grupo Pelicanos Mercantes, dias 5, 6 e 7 de novembro, em Friburgo

O check-in será realizado no dia 5 de novembro, à partir das 12h.

Para a efetivação da reserva é preciso que os participantes façam o depósito de 30% do total na conta abaixo e posteriormente enviem os comprovantes para o e-mail: eventos@hoteiseventoselazer.com

Dados para depósito: 

BUCSKY E CIA. LTDA - Banco Real nº 356  - Agência: 0216  - CC: 3002786-3  - CNPJ: 30.543.227/0001-44

O valor acertado com pensão completa ficou assim:

Hospedagem: Hotel Bucsky 




Apartamento single: R$ 230,00 / diária + taxa de serviço de 10%

Apartamento duplo: R$ 310,00 / diária + taxa de serviço de 10%

Adicionais no mesmo apartamento:

Crianças até 5 anos: grátis

De 6 e 7 anos: R$ 55,00 / diária + taxa de serviço de 10%

De 8 a 12 anos: R$ 85,00 / diária + taxa de serviço de 10%

Maiores de 12 anos: R$ 105,00 / diária + taxa de serviço de 10%

Incluído: Hospedagem em apartamentos com tv a cabo, telefone, frigobar e secador de cabelos. 1 café da manhã, 1 almoço e 1 jantar p/pessoa-dia.

O day-use (utilização do espaço do hotel durante o dia) ficou acertado no valor de R$ 70,00 para adultos e R$ 40,00 para crianças e deverá ser pago diretamente no hotel no dia da utilização.

Atividades extras:
Sexta-feira: jantar de confraternização e apresentação
Sábado: atividades esportivas e a noite baile dos anos 70
Domingo: churrasco privativo do grupo pelicano na piscina

A marca de um grande amor


Como já falamos em post mais abaixo, muitas das Mulheres Mercantes adoram uma tatuagem. É o caso também da capitão de cabotagem Fábia, que eternizou na tatoo de uma coruja a paixão pelo saudoso marido.

Fábia entrou na primeira turma do CIAGA em 1998. Estagiou e praticou na Transpetro. Seu primeiro emprego no Offshore foi na CBO, onde ficou por quase cinco anos. Teve uma breve passagem pela BOS, uma passagem mais longa na OPMAR e agora trabalha na Wilson Sons. Foi a segunda mulher a comandar um rebocador na Bacia em 2004/2005 (foi até tema de reportagem na revista do SINDMAR). 

“Infelizmente não tive filhos, pois meu marido faleceu antes disso. Acabo de tirar minha carta de CCB, está fresquinha (rs)”.



As tatuagens de Fábia: o Manikineko para dar sorte; as paixões, Garfield e Hello Kitty; o F de Fábia e o J do saudoso marido (dentro das estrelas) e a coruja, verdadeira prova de amor ao marido. 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eu também vou festejar! (este post é para ser lido ouvindo e cantando a música do vídeo)



“Adorei o blog. Parabéns!!!!!!”. (Vanessa Oliveira)

“O Blog está ótimo. Com temas bem variados e criativo. Tu tens jeito para escritora, menina!”. (Ana Paula)

“Ei, Laura! Que ótimo”. (Anna Karina Tschaen)

“Bom dia, Laura, adorei a ideia. Como faço pra participar do Blog?”. (Symone Soares)

“Oie Laura, Que ótima ideia hein!!!  É um prazer ter companheiras assim como você, com iniciativa e orgulho por ser mulher e dar esse passo tão importante para todas nós!!! Legal e meus Parabéns!!!!!”. (Cristina Andrade)

“Parabéns pelo Blog”. (Edson Areias)

“Prezada Laura: parabéns pela iniciativa. Grande abraço e saudações marinheiras”. (CMT Gondar)

Como não ficar feliz com tudo isso?? Quando criei o Blog a minha ideia era atingir a todas da minha profissão e também aqueles que gostariam de saber um pouco mais sobre nós, Mulheres Mercantes. Que bom ver que está dando certo, que vocês estão gostando e participando. Me deixa muito, muito, muitoooooooo feliz!!!! 


Só tenho que agradecer a cada um por seus acessos e pedir que continuem a seguir a Laurinha. Estou adorando essa experiência de escrever e me empolgo mais e mais por vocês.


Miiiiiiiiiiiiil vezes obrigada!

Mais de 1000 visitas! É pra comemorar

Geeeennnteeee: o nosso Blog passou ontem de 1000 visitas. Em pouquinho mais de um mês. E está vindo gente de todo lugar. Vejam as bolinhas vermelhas. "Brigaduuuuu".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Velho Lobo do Mar homenageia Mulheres Mercantes

Comandante Álvaro durante palestra no seminário de Angra

Durante o seminário do SINDMAR, realizado no último final de semana, em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, o CLC Álvaro homenageou a turma pioneira das Mulheres Mercantes formadas no ano de 2000. O comandante usou a transcrição de um texto escrito por uma praticante norte-americana para elogiar as nove primeiras mulheres a se formarem no CIABA. Além de ser padrinho de uma destas formandas, o CMT Álvaro destacou em sua palestra o orgulho que sente em poder estar presente nesta era em que “mulheres singram mares e desafiam os preconceitos”. É bom lembrar também que o comandante hoje é presidente do Centro de Capitães da Marinha Mercante e idealizador do hino da Marinha Mercante em parceria com o CMT Gondar.

Contagem regressiva para as 1000 visitas

Genteeeee!
Em Brasília, terça-feira, dia 26 de outubro de 2010, 16h37. Aqui em Vitória também. E o nosso Blog está quase chegando à marca de 1000 visitas. Isso em pouco mais de um mês.
Muito obrigadooooooo!

Se você for o visitante 1000 deixe uma mensagem. Gostaria muito de saber que é.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Quem foi que disse que mulher não entra?


Participei no último fim-de-semana de um seminário do Sindmar em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Tive a oportunidade de realizar uma palestra. Para homens. 99% dos participantes eram homens. Fiquei muito triste, pois não pude mostrar a satisfação total de compartilhar com as Mulheres Mercantes meu blog. Aliás, meu blog não; o NOSSO blog. O blog das Mulheres Mercantes existe para nós. Não que nossos amigos do mar não possam participar, mas no geral ele é nosso.

Mulheres: temos que participar sempre que possível. Temos que nos unir, temos que fazer diferente e fazer a diferença. As conquistas e as mudanças só dependem de nós. Temos que nos unir mais e mais. Meu sonho era ter palestrado para uma dúzia ou mais de mulheres; e não duas como fiz no sábado. Outras oportunidades virão. E agora eu tenho o blog para divulgar para vocês.

Espero...

Espero, não; tenho a certeza que, na próxima vez, marcaremos a nossa presença.

Pois afinal, parodiando aquele antigo anúncio: não basta ser mulher, tem que participar.

Falem bem, mas falem do blog das Mulheres Mercantes

Imagem ilustrativa. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.


Geeeennnnteee! Vejam que luxo. Eu e o blog das Mulheres Mercantes fomos tema de entrevista em uma grande reportagem publicada no jornal "A Tribuna de Santos". Recortei e colei a pergunta e a resposta sobre o blog. Quem quiser ler a entrevista na íntegra, é só clicar aqui.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem foi que disse que oficial de máquinas não é profissão de mulher?

Hoje vou mostrar para vocês a história da Marília. Ela trabalha na sessão de máquinas. Estudou comigo no CIABA, mas foi transferida para o CIAGA por opção própria. Era conhecida na turma por suas qualidades de cantora. Na hora de cantar o Hino Nacional era para ela que pedíamos a voz. É a nossa estrela de Hollywood mercante! (rs).

"Gosto de estar por dentro das coisas, saber o funcionamento delas etc..."

Conte você mesmo a sua história para a gente, queriiiiida:

"Meu nome é Marília Fernanda. Tenho 26 anos e sou oficial de máquinas há quase cinco anos.

A Marinha Mercante surgiu na minha vida quando eu ainda era criança e nem havia percebido isso. Meu pai trabalhava no cais do porto do Rio de Janeiro. Esporadicamente, ele me levava nos navios para fazer inspeções nas cargas e documentos. É óbvio que eu não entendia nada e nem tinha a mínima pretensão de trabalhar em embarcações. Alguns anos depois, quando eu estava cursando o segundo grau, por influência de umas amigas que conheciam a EFOMM, eu resolvi fazer a prova também.

Chegando na escola resolvi fazer o curso de máquinas porque foi o curso que eu mais me identifiquei. Gosto de estar por dentro das coisas, saber o funcionamento delas, etc...Todo maquinista é meio curioso!!! (rs)

Não me arrependo nem um pouco de ter escolhido esse curso, porém as coisas nem sempre são tão fáceis. Ser um oficial de máquinas não é uma tarefa muito simples, pois todos esperam muito de você. É uma responsabilidade muito grande. E ainda existe o  fato de eu ser uma mulher. Aí que as coisas se tornam mais complicadas ainda.

Muitos chefes de máquinas e outros profissionais envolvidos na área ainda não se adaptaram em trabalhar com mulheres por acharem que as mulheres são frágeis  e fracas. Eu não preciso de força física para ser uma boa profissional. Eu preciso de força de vontade, acima de tudo, conhecimento e experiência. Quanto à força seria ótimo, mas eu não trabalho sozinha. Tenho o marinheiro para me auxiliar, tenho talhas e vários outras opções. Logo, penso que essas discriminações são sem fundamentos.

Então, lá vai um recadinho para as meninas que estão começando agora a carreira como maquinista: não desanimem!!!

"Eu acho o máximo quando vejo mulheres na praça de máquinas, por dentro de tudo"

Preconceitos, infelizmente, sabemos que ainda existem. Cabe a nós darmos o nosso melhor e provarmos que temos a capacidade de fazermos tudo que um homem também faria. Conheço muitos chefes que preferem trabalhar com mulheres. Eles alegam que a mulher tem mais cuidado com as coisas, são mais concentradas e mais interessadas.

Nossa profissão não é nada fácil, mas é muito gratificante quando conseguimos fazer bem o nosso trabalho e isso não há nada que pague. Eu acho o máximo quando vejo mulheres na praça de máquinas, por dentro de tudo, consertando as coisas e resolvendo problemas. Não estamos no passadiço, mas comandamos a situação lá em baixo (rs)".

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tatuagem não é só coisa de marinheiros. Mulheres Mercantes tambem têm



Fazer uma tatuagem não é decisão fácil, pelo menos não foi para mim. Tive que pensar muito no desenho, passei anos e anos pesquisando, mudei mil vezes de ideia de onde fazer, o que fazer, com quem fazer; e, enfim, resolvi me aventurar.

Procurei algo ao meu estilo, nem tão agressivo e nem tão delicado. A minha tatuagem pode até ser agressiva, admito, devido ao tamanho e ao desenho, mas a minha primeira e única tatuagem representa muito do que eu sou.

A minha tatoo de dragão

Sempre me perguntam: "doeu?". E respondo: doeu muuuuuuuuito, não é fácil. Só quem fez, sabe do que estou falando. Mas também sabe a satisfação que é exibir a tatuagem por aí.

Antigamente se recriminava muito o uso da tatuagem. Na época dos meus pais, então! Deus me livre! Eu estaria deserdada. Mas hoje em dia não é mais assim. Graças a circulação de informação pela televisão e por outros meios de comunicação, como a internet, a tatuagem vem atingindo todas as camadas dos povos de todo o mundo, sem distinções.

Tenho muitas amigas que têm tatoo. Algumas me mandaram fotos, cada uma com sua história especial, seus motivos, suas razões. Mas, particularmente, quero contar sobre uma delas. Julie, essa pessoinha que vocês verão na foto abaixo.

Julie

Julie se formou comigo no CIABA. Sempre fomos muito amigas, mas, depois que começamos a embarcar, nos afastamos por não estarmos viajando na mesma empresa. Porém, alguns anos depois, ela começou a embarcar em Vitória, cidade onde vivo hoje. Logo que nos reencontramos ela viu que eu estava terminando minha tatuagem e adorooooooooou... Ela já possuía duas tatoos, mas bem menores que a minha, e, claro, com um significado especial para cada uma.

Uma das primeiras tatoos de Julie

Mas Julie não se contentou e resolveu fazer mais uma depois de ver que sua amiga foi tão corajosa ao fazer uma tatoo tão grande.

Aiaiai... Assim, poucos meses depois, ela me ligou:

“Amiga...  fiz outra tatoo, do tamanho da sua”.

Juro que não acreditei, pedi uma foto para provar. Era verdade. Louca!!! Adorei que ela teve coragem. Mas quando ela me ligou foi só a primeira sessão de várias que ainda faria. Mas como ela passou pela dor da primeira e não reclamou, imaginei que ela aguentaria as demais numa boa, mesmo sendo esguia demais.

Os meses se passaram e Julie me ligou de novo:

“Amigaaaaa... como você conseguiu? Que remédio você tomou? Doi muuuuuuuuito.....”.

Dei muita risada, muita mesmo... Disse para ela:

“Aiaiai, amiga, você acha que é fácil ser Laura?”.

Enfim ela terminou a linda tatoo dela e mandou esta foto para postar aqui no Blog.

Julie tomou coragem e fez uma tatoo maior

Tenho orgulho da minha tatoo e não vai ser ela que vai caracterizar o tipo de pessoa que sou ou o meu caráter. Se você está pensando em fazer uma, pense bem. Doi e é para sempre. Além de doer, quando se faz uma grande assim como a minha, coça muitooooo quando está cicatrizando. E isso ninguém me avisou!

Mandem fotos de suas tatoos. Tenham orgulho delas.

Ah, quando estava terminando de fechar este post, recebi mais uma foto de uma amiga tatuada. Foi a Rose quem mandou - aquela que escreveu mais abaixo sobre o casamento dela. Depois de tanto sacrifício e aventura para casar, Rose decidiu eternizar o amor pelo marido ... numa tatoo.

Nos pés de Rose a prova do amor eterno pelo marido

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Casais embarcados: sem medo de ser feliz

Renata e Moura

Geeennnnte: as colaborações continuam chegando. Dessa vez foi a Renata, que me enviou um depoimento sobre casais embarcados. Ela foi minha piloto de instrução na praticagem ...mineirinha, inteligentíssima, sempre ensinando a todos.....dona de uma paciênciaaaaaa....que só vendo!!

“Oi Laura!!

Embarcar junto com marido!!
Posso dizer com certeza que é muito bom poder embarcar junto com a pessoa que a gente ama.
Eu e meu marido já havíamos embarcado juntos na nossa praticagem, num período de aproximadamente sete meses, no LPG Gurupá, da Transpetro, em 2004, quando ainda éramos noivos.
Depois de praticamente cinco anos trabalhando embarcados, porém em embarcações e escalas totalmente diferentes, surgiu uma oportunidade de podermos trabalhar novamente juntos, na mesma embarcação. Isso foi ótimo, pois acertamos as nossas escalas, trabalhando de 28 a 35 dias embarcados e também aproveitando a folga juntos.
De dezembro de 2009 até setembro 2010 passamos a embarcar juntos no rebocador Tangará. Eu como 1ON e meu marido como IMT.
Posso dizer que foi uma experiência muito proveitosa para a nossa vida. Tanto profissional, quanto pessoal, pois aprendemos a conviver não só como marido e mulher, mas como dois oficiais, trabalhando dia-a-dia juntos, nos respeitando, trocando idéias, experiências ...
A convivência diária é importante para qualquer profissional, e, no nosso caso, mais importante ainda, pois aprendemos mais sobre o outro e passamos a ter mais motivos para amar a nossa profissão e respeitar o trabalho do outro. Passamos a compreender mais as dificuldades e ver o que se passa a bordo.
São muitas as vantagens de se poder estar embarcada e trabalhando na mesma embarcação. As dificuldades passam a ser menores, pois são divididas. Os dois se ajudam, compartilham os problemas e passam a dividir as tristezas, a saudade de casa, as alegrias; enfim, o embarque passa mais rápido e passa a ser bem melhor.
Acho que qualquer casal que realmente se ame e tenha confiança e respeito mútuo, pode trabalhar junto e sem medo.
Bjis
Renata”


sábado, 16 de outubro de 2010

Amar o mar - 3: "Lugar comum", de João Donato



Como todo sábado, o Blog faz uma homenagem ao mar através da música. Um amigo mandou o link dessa gravação de João Donato com o Trio Sambolero. Esta gravação é apenas instrumental, mas achei uma delíciiiiaaaa.

"Beira do mar, lugar comum 
Começo do caminhar 
Pra beira de outro lugar
Beira do mar, todo mar é um 
Começo do caminhar 
Pra dentro do fundo azul 
A água bateu, o vento soprou 
O fogo do sol,
O sal do senhor
Tudo isso vem, tudo isso vai"

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mexericos da Laurinha - 2: homens fardados exercem fascínio nas mulheres?




Uma amiga me enviou um recorte de uma nota publicada hoje no jornal O Globo mostrando o desenhista Chico Caruso usando um quepe da Marinha. Ela é fã do Chico que tem um quadro no Fantástico. E sugeriu.

“Laurinha, por que você não bota um post no seu blog sobre o fascínio que os homens fardados exercem em muitas mulheres?”

“Hummmmm. Gostei da dica. Fui pesquisar e encontrei uma comunidade no Orkut especialmente sobre homens fardados. Tem mais de 33 mil membros”. Quer conhecer a comunidade? Clique aqui.

E você? Também tem atração por homens fardados? Responda na enquete ao lado.

Te cuida, Patrícia Kogut!*

Nosso blog das Mulheres Mercantes já começa a receber visitas de todos os cantos do país e até de alguns lugares do mundo. Já teve gente dos Estados Unidos e da Inglaterra aqui no blog. E também da Georgia e da Turquia. Mas vou confidenciar para vocês: essas duas visitas foram da minha irmã, que esteve na Georgia e agora está na Turquia. Mas é uma prova viva de que ela está me prestigiando, né?

Para ver o mapinha mais de perto é só passar o mouse na imagem.

* Para quem não sabe, Patrícia Kogut é uma colunista de televisão do Globo que tem um dos maiores índices de visitação em blogs.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Faltar com a verdade não é a melhor forma de contribuir para o desenvolvimento do nosso setor", Severino Almeida em seminário em Brasília



Este vídeo eu tinha que mostrar a vocês. Recebi de uma pessoa admirável, pela qual prezo uma amizade imensa, Edson Areias, chefe de máquinas e advogado, companheiro que sempre se faz presente na ajuda a nossa causa.
Estive presente neste evento no qual o presidente do nosso sindicato, Severino Almeida, discursou para uma platéia repleta de autoridades marítimas, parlamentares e armadores no 1° seminário de Cabotagem, realizado em Brasília.
À época não fazia muito tempo que eu estava na função de delegada.
Assistam. Vale muito a pena.

domingo, 10 de outubro de 2010

Uma boa notícia para as Marítimas Gestantes

Queridas companheiras de profissão, Mulheres do Mar.  
Nessa semana foi dado um importante passo no processo para criação de uma lei que ampare a todas nós, inseridas neste mercado de trabalho. 
Como algumas de vocês devem saber, hoje não estou mais embarcada. Agora exerço a função de delegada do SINDMAR em Vitória-ES.  Além das minhas atribuições como delegada, tenho a satisfação de participar, efetivamente, do processo de elaboração da lei que defenderá os direitos da Marítima Gestante. 
 No dia 6  de outubro foi publicado no Diário Oficial da União a portaria que determina a criação de um Grupo de Trabalho para discutir, elaborar e encaminhar propostas para ampliação dos Direitos de Proteção à Maternidade das mulheres da Marinha Mercante.
Uma conquista que deve ser comemorada por todas, mas, apenas, um passo de uma caminhada, digo, navegada que não será fácil.  “Não abandonem o barco”. Quanto mais unidas estivermos, quanto mais consciência do nosso papel,  provaremos  que a existência desta lei é indispensável para a conquista  dos nossos direitos num mercado de trabalho crescente como o da Marinha Mercante.
Leiam a cópia da portaria e algumas dicas de empresas que têm em acordo coletivo cláusulas que beneficiam as marítimas gestantes.


Para ler é só passar o cursor sobre as imagens.






sábado, 9 de outubro de 2010

Amar o mar - 2: "La Mer", de Charles Trenet



Como fiz na semana passada, vou aproveitar os sábados para postar algumas músicas que falem do mar. Navegando no youtube encontrei essa relíquia. É um antigo clássico francês. As imagens são liiiindas.


Charles Trenet escreveu a letra dessa canção em um trem em 1943 enquanto viajava pela costa mediterrânea francesa voltando de Paris para Narbonne. Supostamente a composicão demorou 10 minutos para ser finalizada, em papel higiênico fornecido pela SNCF (Rede Ferroviária Francesa).Apenas em 1946 que Charles Trenet gravou a música.


A canção tem mais de 400 versões nas mais diversas línguas. La Mer já foi usada como trilha sonora de diversos filmes e foi citada (e interpretada) no seriado Lost, no 12º episódio da primeira temporada, intitulado Whatever the Case May Be. Em 2007, o filme As Férias de Mr. Bean destacou a música em seu encerramento.


Mandem sugestões, mandem links. Mas o ideal é que as músicas não sejam as badaladas. E que falem no mar, claro.

Dica da Laurinha: Fragata, exposição de desenhos da frota naval brasileira

Uma boa dica para quem mora ou está no Rio de Janeiro: começa hoje no Museu de Arte Contemporânea a exposição "Fragata", com desenhos em papel-carbono do artista plástico Gilberto Mariotti. O museu é lindoooo, tem uma bela vista e a exposição vai até o dia 28 de novembro.

Quem quiser saber mais detalhes, clique aqui.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mexericos da Laurinha




A partir de hoje começo uma série aqui no blog chamada “Mexericos da Laurinha”. O nome original, “Mexericos da Candinha”, era título de uma coluna em uma antiga revista (a Revista do Rádio) e virou música cantada pelo “Rei” (que ilustra este post), foi inspirado na minha avó Maria, que era fã do Roberto Carlos.


(Acima, a ilustração original da coluna da antiga revista).

Todo Santo ano tínhamos que mobilizar toda a família: primeiro, para comprar o cd do “Rei” no dia do seu aniversario. Nem tinha mais surpresa. Ela já sabia o que iria ganhar dos filhos. Se não ganhasse, Deus me livre. Era bico feito. Depois era a tarefa de gravar o especial do cantor no final do ano. Era aí que eu entrava. Eu, meus irmãos e netos, que detinham o “grande poder” da sabedoria de mexer naquela coisa bizarra chamada vídeocassete. Meu Deus, eu sou da geração do videocassete! Mas, enfim, detalhes.

"Detalhes tão pequenos de nós dois ...blá blá blá....". Acho que isso vicia.

Depois que minha avó faleceu, sentíamos até falta das noites que tínhamos que ficar acordados, ano após ano, ouvindo o especial de Roberto Carlos, que me pareciam ser sempre os mesmos.

Minha tia Ruth, filha da minha vozinha Maria, foi quem ficou com a herança dos cds e vídeoscassetes do “Rei”. Santa tia Ruth!!!

Mas, como eu ia dizendo, hoje começa a série “Mexericos da Laurinha”. Volta e meia vou publicar aqui no blog histórias contadas por mulheres mercantes sobre o seu dia-a-dia no trabalho e na vida. Para começar, que tal saber detalhes do casamento da Roseleine Pereira Brum?

Leiam no post abaixo.

Mexericos da Laurinha - 1: "Cenas de um casamento", por Roseleine Pereira Brum


“Oi Lauritcha !!!

Adorei o blog ...

Conheci através do Camilo, que me disse.

Olha coloquei quatro fotinhas. Mas se tiver q colocar só uma, pode ser a que está eu e ele mordendo o bolo junto com o barquinho.

Eis a historinha que você me pediu para botar no blog.  É simples assim:



Olá meninas, estou aqui para dar algumas dicas de como foram os preparativos para meu casamento, mesmo estando embarcada.

Só para constar, conheci meu marido no primeiro ano de EFOMM em 2005. Eu e Camilo ficávamos sempre pensando em qual seria a melhor data para marcarmos o casamento. Eu já estava noiva antes da praticagem e não queria de jeito nenhum marcar a data antes do seu término. Queria também já estar com um emprego garantido para ajudar nas despesas.

Mas um belo dia minha mãe me ligou e disse: `vocês se casarão no dia 9 de maio, às 20h, na Igreja São Mateus´. Não tinha como voltar atrás. Camilo é que não acreditou, quando a ficha caiu, que a data já tinha sido ´imposta´" pela sogra. Mas esse foi apenas o pontapé inicial para começarmos os preparativos.

Tudo deu certo. Fiz os 3 meses finais da praticagem na mesma empresa e rebocador que meu marido, ainda noivo na época. Mas depois de terminada tive que sair do barco, pois a vaga de 2ON era em outra embarcação. Mas com minha vaga garantida minha preocupação de poder ajudar no casamento já tinha acabado. Foi então que começou o corre-corre. Graças a Deus, eu tive a minha mãe para me ajudar.

Eu e Camilo estávamos no regime de 28x28 (ainda estamos), e só tínhamos os 28 em casa para resolver os problemas e os outros 28 embarcados. Eram 28 dias ao telefone orientando minha mãe.



Vou tentar ir direto aos itens mais preocupantes. O vestido eu queria fazer do meu jeitinho, mandar confeccioná-lo. Mas ia demorar. Então um belo dia eu comprei uma revista e vi "O" vestido. Me apaixonei de cara. O que a gente fez? Ou melhor, minha mãe fez? Ela foi nas lojas de noivas daqui de Juiz de Fora, onde eu moro, e procurou saber como conseguiríamos aquele vestido. Por sorte uma das lojas encomendava da Center Noivas que era a distribuidora na revista. Ela pegou minhas medidas e aumentou um pouco para não ficar apertado. Foi meio arriscado, mas deu certo. Quando ele chegou, foi só ajustar. Eu preferi alugar do que comprar. Sairia muito caro e, você sabe, é difícil vender depois.

O buffet, fotos, filmagem e DJ eu só contratei por recomendação, por pessoas de confiança que já tinham trabalhados com eles. Ah, e o salão?! Disseram para a gente não esquecer do estacionamento para os convidados. Foi justamente o que a gente esqueceu e eles ficaram doidinhos para conseguir lugar para estacionar o carro. Mas conseguiram (rs).

Esses itens não tinham como ser resolvidos pela minha mãe, porque eram de gosto nosso. Fomos nós dois mesmos, quando desembarcados, que resolvemos. Foi uma correria, mas deu certo. Assim, a gente teve uns seis meses para planejar tudo, mas só porque eu tive a ajuda da minha mãe. Se vocês não tiverem alguém da família para ajudar, contrate uma cerimonialista. Minhas amigas que têm casado contrataram. Você se estressa menos.

Se você tem acesso a telefone a bordo, não digo nem internet, já é de grande ajuda. Pelo telefone a gente tira todas as dúvidas e até fecha contratos, se tiver urgência. E se tiver internet aí é que melhora. Você pode entrar no site do buffet, do local da festa e o pessoal pode mandar fotos para você aprovar ou não. É uma maravilha! E se você comentar a bordo sobre o casamento e não chamar a pessoa com quem você comentou, ela vai te lembrar disso o resto da vida; ou melhor, todos os embarques (rs) .



Agora, lá vão outras dicas importantes: se seu nome for diferente como o meu, Roselaine, peça ao noivo para avisar ao padre o jeito correto de pronunciar antes de começar o casamento. Se não, ele vai ficar a cerimônia toda dizendo "Rosileeeene"  (rs). Fazer o que, né? Ele falava tanto que não dava pausa para pararmos ele e dizer o jeito correto.

E outra dica que acho a melhor das dicas para mercantes casando e com convidados mercantes. Sempre tem um que, em cima da hora, não embarca ou desembarca e vem pro casamento. Então, faça como a gente fez para que ninguém fique em pé na festa. Combine com o buffet a colocação de umas duas mesas a mais na festa. Sempre aparece mais um (rs). E se realmente vier gente a mais, vocês pagam a diferença depois. No nosso casamento, não deu outra. Depois de todas as confirmações, ainda vieram dez a mais (rs). 

É bom também fazer um mapinha para os convidados de outros estados sobre como chegar à igreja e ao local da festa. E, claro, fazer reservas em hotéis para eles.

Espero que eu tenha ajudado um pouquinho. Mas garanto não é porque trabalhamos embarcadas que não poderemos ter uma vida a dois. Minha escala e de meu marido são dois dias de diferença, além dos 28 e mesmo assim nós vivemos muito bem. Claro que todo mês embarcado bate uma depressão, mas é normal. Nada que um doce não resolva (rs). Nos falamos mais ou menos de três em três dias pelo telefone, mas por e-mail são todos os dias; e e-mails gigantes (rs). Dá para aguentar sim.

A gente já vinha se preparando para esta distância desde a EFOMM, já que eu era de Juiz de Fora e ele do Rio. Há MUITOS casais nesta situação. Mas se vocês têm um objetivo vale a pena fazer parte dessa vida de mulheres embarcadas. Ainda não conseguimos embarcar juntos (ele é maquinista e eu piloto ), mas a esperança não morreu (rs). Aos poucos vamos percebendo que talvez assim seja melhor para que a relação não se desgaste e, querendo ou não, é verdade, nós sempre voltamos para casa com mais saudades e amor um pelo outro.

Resumindo: dá para casar e manter uma ótima relação a dois, mesmo embarcando.

Bjiiim, Laura!!!”.