Adorei o blog ...
Conheci através do Camilo, que me disse.
Olha coloquei quatro fotinhas. Mas se tiver q colocar só uma, pode ser a que está eu e ele mordendo o bolo junto com o barquinho.
Eis a historinha que você me pediu para botar no blog. É simples assim:
Olá meninas, estou aqui para dar algumas dicas de como foram os preparativos para meu casamento, mesmo estando embarcada.
Só para constar, conheci meu marido no primeiro ano de EFOMM em 2005. Eu e Camilo ficávamos sempre pensando em qual seria a melhor data para marcarmos o casamento. Eu já estava noiva antes da praticagem e não queria de jeito nenhum marcar a data antes do seu término. Queria também já estar com um emprego garantido para ajudar nas despesas.
Mas um belo dia minha mãe me ligou e disse: `vocês se casarão no dia 9 de maio, às 20h, na Igreja São Mateus´. Não tinha como voltar atrás. Camilo é que não acreditou, quando a ficha caiu, que a data já tinha sido ´imposta´" pela sogra. Mas esse foi apenas o pontapé inicial para começarmos os preparativos.
Tudo deu certo. Fiz os 3 meses finais da praticagem na mesma empresa e rebocador que meu marido, ainda noivo na época. Mas depois de terminada tive que sair do barco, pois a vaga de 2ON era em outra embarcação. Mas com minha vaga garantida minha preocupação de poder ajudar no casamento já tinha acabado. Foi então que começou o corre-corre. Graças a Deus, eu tive a minha mãe para me ajudar.
Eu e Camilo estávamos no regime de 28x28 (ainda estamos), e só tínhamos os 28 em casa para resolver os problemas e os outros 28 embarcados. Eram 28 dias ao telefone orientando minha mãe.
Vou tentar ir direto aos itens mais preocupantes. O vestido eu queria fazer do meu jeitinho, mandar confeccioná-lo. Mas ia demorar. Então um belo dia eu comprei uma revista e vi "O" vestido. Me apaixonei de cara. O que a gente fez? Ou melhor, minha mãe fez? Ela foi nas lojas de noivas daqui de Juiz de Fora, onde eu moro, e procurou saber como conseguiríamos aquele vestido. Por sorte uma das lojas encomendava da Center Noivas que era a distribuidora na revista. Ela pegou minhas medidas e aumentou um pouco para não ficar apertado. Foi meio arriscado, mas deu certo. Quando ele chegou, foi só ajustar. Eu preferi alugar do que comprar. Sairia muito caro e, você sabe, é difícil vender depois.
O buffet, fotos, filmagem e DJ eu só contratei por recomendação, por pessoas de confiança que já tinham trabalhados com eles. Ah, e o salão?! Disseram para a gente não esquecer do estacionamento para os convidados. Foi justamente o que a gente esqueceu e eles ficaram doidinhos para conseguir lugar para estacionar o carro. Mas conseguiram (rs).
Esses itens não tinham como ser resolvidos pela minha mãe, porque eram de gosto nosso. Fomos nós dois mesmos, quando desembarcados, que resolvemos. Foi uma correria, mas deu certo. Assim, a gente teve uns seis meses para planejar tudo, mas só porque eu tive a ajuda da minha mãe. Se vocês não tiverem alguém da família para ajudar, contrate uma cerimonialista. Minhas amigas que têm casado contrataram. Você se estressa menos.
Se você tem acesso a telefone a bordo, não digo nem internet, já é de grande ajuda. Pelo telefone a gente tira todas as dúvidas e até fecha contratos, se tiver urgência. E se tiver internet aí é que melhora. Você pode entrar no site do buffet, do local da festa e o pessoal pode mandar fotos para você aprovar ou não. É uma maravilha! E se você comentar a bordo sobre o casamento e não chamar a pessoa com quem você comentou, ela vai te lembrar disso o resto da vida; ou melhor, todos os embarques (rs) .
Agora, lá vão outras dicas importantes: se seu nome for diferente como o meu, Roselaine, peça ao noivo para avisar ao padre o jeito correto de pronunciar antes de começar o casamento. Se não, ele vai ficar a cerimônia toda dizendo "Rosileeeene" (rs). Fazer o que, né? Ele falava tanto que não dava pausa para pararmos ele e dizer o jeito correto.
E outra dica que acho a melhor das dicas para mercantes casando e com convidados mercantes. Sempre tem um que, em cima da hora, não embarca ou desembarca e vem pro casamento. Então, faça como a gente fez para que ninguém fique em pé na festa. Combine com o buffet a colocação de umas duas mesas a mais na festa. Sempre aparece mais um (rs). E se realmente vier gente a mais, vocês pagam a diferença depois. No nosso casamento, não deu outra. Depois de todas as confirmações, ainda vieram dez a mais (rs).
É bom também fazer um mapinha para os convidados de outros estados sobre como chegar à igreja e ao local da festa. E, claro, fazer reservas em hotéis para eles.
Espero que eu tenha ajudado um pouquinho. Mas garanto não é porque trabalhamos embarcadas que não poderemos ter uma vida a dois. Minha escala e de meu marido são dois dias de diferença, além dos 28 e mesmo assim nós vivemos muito bem. Claro que todo mês embarcado bate uma depressão, mas é normal. Nada que um doce não resolva (rs). Nos falamos mais ou menos de três em três dias pelo telefone, mas por e-mail são todos os dias; e e-mails gigantes (rs). Dá para aguentar sim.
A gente já vinha se preparando para esta distância desde a EFOMM, já que eu era de Juiz de Fora e ele do Rio. Há MUITOS casais nesta situação. Mas se vocês têm um objetivo vale a pena fazer parte dessa vida de mulheres embarcadas. Ainda não conseguimos embarcar juntos (ele é maquinista e eu piloto ), mas a esperança não morreu (rs). Aos poucos vamos percebendo que talvez assim seja melhor para que a relação não se desgaste e, querendo ou não, é verdade, nós sempre voltamos para casa com mais saudades e amor um pelo outro.
Resumindo: dá para casar e manter uma ótima relação a dois, mesmo embarcando.
Bjiiim, Laura!!!”.