Continuando a série Bebê a bordo, entrevistamos a Renatinha. Ela está passando por sua primeira e inesquecível experiência de ser mamãe, a famosa “mãe de primeira viagem”. Assim como embarcar pela primeira vez, Renata conta para o blog Mulheres Mercantes como está sendo suas emoções e anseios na primeira gestação.
E sabem o que é também interessante? O papai também é marítimo.
Em que momento da sua vida você estava, com relação a trabalho e família, quando descobriu a gravidez?
Descobri quando eu estava fazendo um cursinho para concurso público, no início de novembro de 2010. As aulas tinham acabado de começar. Naquele momento eu não estava mais trabalhando embarcada. Tinha aproximadamente um mês que meu último contrato de trabalho com uma empresa de navegação terminara. Como eu e meu marido já estávamos planejando essa gravidez, decidi parar um tempo de embarcar justamente para viver essa nova fase.
Como está sendo para você estar grávida e casada com um marítimo?
A gravidez está sendo um momento mágico e único em nossas vidas. Uma benção e dádiva de Deus. Ser casada com um marítimo tem suas diferenças, pois apesar de termos que conviver com as escalas e embarques, podemos aproveitar cada folga de maneira diferente, fazer viagens, fazer planejamentos quando a escala é fixa. Aproveitamos mais do que em muitas outras profissões que se têm férias só uma vez por ano. Nessa escala de 28x28 dias, temos férias a cada mês; isso é maravilhoso. Cada profissão tem seus desconfortos, mas nada que não seja impossível.
Você tem alguma dica legal para as meninas que estão grávidas ou pretendem engravidar?
Engravidem, não vão se arrepender nunca. Só não fiquem esperando muitos anos, pois depois pode ser tarde para realizarem esse sonho. Tudo tem a hora certa e nós mulheres também temos até uma idade para que isso ocorra. Não deixem passar muito desse prazo, pois depois tudo fica mais difícil, mais complicado. Já não temos mais aquela energia, aquele preparo psicológico para a chegada de um bebê. Então façam seus projetos de vida cedo, encaminhem suas profissões, mas nunca se esquecendo de que nós, MULHERES, somos abençoadas por Deus pela graça da maternidade. Isso é muito gratificante e maravilhoso.
De que forma você vê a falta de Lei que ampare a marítima gestante?
Esse é um assunto muito delicado e complicado, mas acho que ainda temos que lutar muito pelos direitos de ser mãe marítima e poder desfrutar de melhores benefícios para as gestantes, para seus filhos e seus familiares.
Como vai se chamar seu bebê? Para quando está previsto ele nascer?
Vai se chamar Gabriel, o anjo enviado por Deus para anunciar a Maria que ela daria à luz ao menino Jesus. Está previsto para o período entre 2 e 16 de julho desse ano.
A imagem de Gabriel na ultrasonografia
Muitas meninas conseguiram voltar a embarcar depois de nascerem seus filhos. Você acha que voltará a embarcar depois de dar a luz? Por quê?
Gosto muito da minha profissão, entretanto acho essa questão de voltar a embarcar muito difícil, já que meu marido também embarca. Sendo assim, com quem eu deixaria meu filho recém-nascido? Não tenho com quem deixar, pois minha família mora em Minas Gerais e eu no Rio. Como vou trabalhar tranquila sabendo que um bebê, sem defesa alguma, estará nas mãos de outros? Sinceramente, acho quase impossível minha volta inicialmente, mas o futuro só a Deus pertence, não podemos prevê-lo. Dou os parabéns a essas mães que conseguem voltar a embarcar após uma gravidez, pois acredito não ser nada fácil para elas.
Laura,
ResponderExcluirValeu pela publicação!!
Bjis,
Renata
Adorei a entrevista!
ResponderExcluirA Rê é realmente um exemplo pra nós!
E parabéns pelo Blog! Muito Legal!
Bjos!
Adorei a reportagem, estou gravida tambem e sou maritima!!!!Estou querendo saber como anda o apoio a essas mulhures Guerreiras!!!!
ResponderExcluirOi, me passe seu email para que possamos conversar melhor, ou envie um email para mulheresmercantes@gmail.com. bjus
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