segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Blog das Mulheres Mercantes ... e de cabra macho também

Geeeennnnnteeee: adorei essa mensagem que recebi e faço questão de dividir com vocês. Pode parecer vaidade minha - e é (rs). Mas é uma mostra que estamos no caminho certo. Escrevam, critiquem, comentem. O blgo das Mulheres Mercantes é de todos nós. Dos "cabras" também, como escreveu nosso amigo Alexandre.

Para ler a mensagem é só passar o cursor do mouse na imagem acima.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma saga no CIABA: descaso com ex-alunos

Recebi um email da oficial de Náutica Tereza Cristina, que formou-se em 2002 no CIABA. Ela trabalha na Norskan desde ano passado e está embarcada no barco Skandi Copacabana. Conheci Tereza através de amigos em comum. Não tivemos muito contato depois, mas ela acredita no nosso Blog como instrumento de divulgação e de luta em favor de nós, Marítimos. Faço questão de publicar aqui na íntegra.


Tereza Cristina: "Não estou pedindo esmola; apenas quero respeito"
"Bom dia, Laura
 
Como prometido, segue o email com os detalhes do ocorrido presenciado por mim e provavelmente por outros oficiais.

No dia 27/10/10 me dirigi ao CIABA com intuito de solicitar a renovação do meu certificado curricular ESRS (vale ressaltar que nem sabia que este certificado tinha validade), que vencera em 20/09/10 quando eu estava embarcada. Como você bem sabe, é de nossa responsabilidade manter os documentos sempre em dia e nos modelos devidos.

Ao chegar ao CIABA, fui encaminhada ao setor de identificação e de lá ao setor de certificação (ambas as salas localizam-se ao lado do prédio P, uma ao lado da outra). No setor de certificação trabalha um senhor chamado Sávio. Lembro-me dele da época que cursei a EFOMM. Me repassou um requerimento para preencher com a solicitação da renovação do referido certificado, mas eu já estava de posse dos documentos exigidos, pois já tinha obtido informações na Delegacia do SINDMAR, em Belém.

Admirou-me o espanto do senhor Sávio pelo motivo da renovação, visto que, no conhecimento restrito dele, este certificado não tem mais validade, por conta de uma nova portaria. Porém, meu certificado foi emitido através de uma portaria anterior. Tive que explicar isso a ele.

Dentre os documentos exigidos para renovação do certificado, está a exigência do setor de certificação permanecer de posse da CIR. Fato que não concordo e não consegui achar em lugar algum que isso seja legal. Entregaram-me um protocolo - diga-se de passagem sem numeração de controle algum, apenas com uma data prevista para entrega após 15 dias úteis.

Passados os 15 dias, fui ao CIABA para receber meu certificado e posterior recuperação da minha CIR, pois precisava embarcar. Fui surpreendida pelo fato de que meu certificado não havia sido nem confeccionado. Ao questionar o senhor do atendimento sobre o motivo do ocorrido, este não soube me explicar a razão. Como eu já estava sem tempo hábil para resolver tal situação, deixei para resolver na folga seguinte.

Embarquei e retornei dia 16/12/10. No dia seguinte fui novamente ao CIABA e obtive a informação que eu deveria fazer um novo requerimento. Resumindo: iniciar o processo novamente. Porém, fui avisada de que não seria possível fazer tudo de novo devido ao sistema da DPC já ter encerrado por conta da época do recesso natalino.

Indignada com a situação, questionei quem seria a pessoa responsável pela emissão de certificados. O senhor Sávio encheu-se de dedos para me responder. Pareceu até amedrontado para dizer quem era. Mas fui ao setor de identificação e fui informada que era a Ten. Marcia. Liguei para ela através do telefone do CIABA mesmo, visto que não há autorização da entrada de ex-alunos caso não seja acompanhado por algum funcionário do Centro. Fato absurdo que me deixou bastante ofendida. Não só por mim, como por todos os ex-alunos. Afinal de contas vivemos parte de nossas vidas naquela escola, e, ao retornarmos, seja qual motivo for, somos proibidos de entrar. Lamentável. Não conheço nenhuma instituição de ensino que proceda dessa forma.

Voltando ao assunto do certificado, conversei com a Ten. Marcia. Expliquei toda a situação e disse que eu merecia uma satisfação por todo o ocorrido. Inclusive de que eu estava submetida a algum tipo de punição por parte da empresa que trabalho pelo fato de estar com meu certificado vencido e sem nenhum protocolo para comprovar que o processo já havia sido iniciado. Reclamei do tratamento frio e grosseiro por parte do funcionário do setor de certificação. Como uma pessoa que trabalha com atendimento ao público pode se portar de forma tão grosseira, a ponto de questionar dizendo que minha representação sindical não poderia fazer nada por mim, caso eu fosse reclamar dos fatos ocorridos? Puro desconhecimento, diga-se de passagem.

A Ten. Marcia abriu uma exceção e solicitou que o mesmo funcionário aceitasse meu requerimento novamente. Ela iria ficar responsável pela emissão e assinatura por parte do CMT do CIABA no meu certificado. A Ten. Marcia pediu que a procurasse, via telefone, em meados do dia 05/01/11, data de retorno do recesso. Vale ressaltar que eu já estava com embarque para o dia 08/01/11. Na referida data, liguei para a mesma. Após inúmeras tentativas frustradas, consegui finalmente que ela falasse comigo. Ela me informou que meu certificado já estava pronto, porém não haveria possibilidade do CMT do CIABA assinar, porque este havia saído de recesso e não voltaria em tempo hábil para assinar e eu receber para embarcar.

Fui convencida apenas, com uma garantia de que, ao retornar, eu iria receber meu certificado assinado. A CIR com a etiqueta do curso assinada, tudo no mesmo dia, visto que não precisaria deixar a CIR, lembrando que no CIAGA o processo é diferente. Não precisa deixar a CIR. A etiqueta assinada é colada no dia que você vai buscar o certificado.

Não consigo entender como duas instituições sob a mesma administração procedem de formas diferentes. Imagine o tamanho da minha indignação. Fui ao CIABA pegar minha CIR, pois precisava embarcar. Embarquei novamente com o certificado vencido. Estressada com toda essa situação, resolvi escrever para o blog MULHERES MERCANTES, colocando que essa situação é inaceitável para quem tem período curto de folga para resolver todos esses problemas. A impressão que dá é que ao sairmos da escola não temos mais vínculo nenhum. Sabemos que não é verdade pois existem muitas coisas que precisamos nos dirigir ao CIABA para adquirir. Afinal, como mencionei anteriormente, fiz parte dessa escola. Fazemos parte até hoje, pois essa escola só existe por conta da verba que "nós", marítimos, fazemos surgir ao trabalharmos e darmos lucro às empresas de navegação.

Bom, como tenho um pouco mais de intimidade com você, resolvi contar-lhe e conto com sua ajuda, para externamos essa indignação através do blog MULHERES MERCANTES. Acredito que essas coisas talvez nem sejam de conhecimento do CMT do Centro. Se não for, que passe a ser. Mas se for, que o Almirante da DPC fique sabendo do que está acontecendo. Certo não é. E não estou pedindo esmola, nem nada de mais, apenas quero respeito. Como qualquer cidadã brasileira e principalmente marítima, uma das profissões mais importante para a economia do mundo.

Acho que me fiz entender, Laurinha. Qualquer coisa é só escrever.
Fique com Deus
Bjks
Tereza Cristina
Oficial de Náutica"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Wilson Sons troca funcionário por mochila

Vergonhaaaaaaa!!!




Quando tomei conhecimento do “método” que essa empresa vem usando para atrair oficiais, fiquei estarrecida. O diretor executivo Gustavo Machado divulgou o folheto acima de forma atenciosaaaaaa, cordial e certo do apoio de todos que o receberam.

Junto a mensagem: 


Para ler passe o cursor do mouse na imagem


Como vocês podem ver, a empresa oferece “gentilmente” aos profissionais que indicarem outros funcionários alguns “presentinhos incentivadores”, como, por exemplo, mochilas, malas de rodinhas, pendrives e finais de semanas em hotéis com direito a miiiiiiiil reais de gastos.

Gente... pelo amor de Deus! É demais ler barbaridades como essas. São insultos a nossa luta e nossa inteligência.


Por anos e anos batalhamos para que a nossa qualidade de vida a bordo melhore, que nossos salários sejam justos, que o nosso tempo de embarque seja respeitado e que ao estarmos embarcados sejamos tratados de forma digna. Uma empresa de “certo porte” como essa acha que pode simplesmente comprar mão-de-obra qualificada com mochilas?


Tenham santa paciência, hein!!!

Quero dizer ao diretor executivo Gustavo Machado que se o senhor pretende atrair oficiais para a sua empresa que esqueça as esmolas e os insultos. Ofereça o que realmente importa numa relação profissional: salários dignos, qualidade de vida a bordo, repousos adequados. O reconhecimento profissional faz com que os funcionários tenham vontade de permanecer em uma empresa. Uma boa instituição respeita cada funcionário não apenas como um nome e uma matrícula. Tenho certeza que assim o senhor irá conseguir gente muito beeeeeeeem qualificada para suas embarcações e com incentivo suficiente para permanecer a bordo de seus navios.

Vou repetir uma frasezinha que adoro dizer a pessoas como o senhor:

NÃO FALTAM OFICIAIS NÃO, O QUE FALTAM SÃO PESSOAS INTERESSADAS EM SE SUJEITAR AO QUE A SUA EMPRESA PROPÕE.


NÃO NOS VENDEMOS POR MOCHILAS, HOTÉIS E PEN DRIVES.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Seminário Brasil/Noruega: é preciso estar atento e forte

Não é qualquer um que é convidado para um evento desses.
Ministro de Comércio e Indústria da Noruega,
Trond Giske, abre o seminário
E deixa eu contar um segredinho a vocês: não foi à toa que nós estávamos lá sendo representados.  Ser convidado para realizar uma palestra em um evento como esse, representar uma categoria perante diversas autoridades, e, principalmente, se fazer ouvir, não é para qualquer um. Não é só pelos lindos olhos azuis de ninguém. Muitas e muitas conversas e interlocuções tiveram que existir para que isso acontecesse. E somente isso não basta. Ser um sindicato forte e de visão ajudou muito nesses anos de busca por reconhecimento dentre as várias entidades que atuam no setor. Sair de uma condição de semi-falência para uma posição de reconhecimento e respeito dentro do setor não acontece apenas por vontade pessoal. Tem que lutar muito!
Nesse seminário Brasil/Noruega, realizado semana passada, no Hotel Marriot, em Copacabana, no Rio de Janeiro, nós, marítimos, tivemos voz e presença, na defesa de nossos interesses.

Com muito sorriso e simpatia o seminário contou com a presença de figuras importantes da Noruega e do Brasil.

Tanta simpatia me deixou muito "desconfiada" do real motivo desse seminário. Logo que cheguei ao hotel, diga-se de passagem, fui a 1°, primeiríissimaaaa, vi toda a movimentação para organização, e pensei: o que leva um país com tantos recursos tecnológicos e de tanta riqueza interna mandar tantas pessoas importantes ao Brasil?

Ao longo do dia, minha pergunta foi sendo esclarecida e fui tendo a certeza de que mais uma vez os armadores não estão para brincadeiras. Eles querem nos tirar de bordo! Repito: ELES QUEREM NOS TIRAR DE BORDO!


Durante o seminário foi assinado um Memorando de Entendimentos (Memorandum of Understanding) entre a CONTTMAF e os três sindicatos noruegueses existentes: um de guarnição, outro de Oficiais de Náutica e outro dos Oficiais de Máquinas. É bom destacar que o Memorandum registra a soberania dos nossos Sindicatos na Plataforma Continental Brasileira

Depois de ouvir um discurso muito cheio de blábláblás, escutei do representante dos armadores noruegueses que a RN-72, a única ferramenta que nos sustenta a bordo, era um entrave para que eles pudessem atuar aqui no Brasil. E ainda solicitou, “gentilmenteeeeeeeeeeeee”, que a flexibilizássemos.

Vamos parar com isso. Imaginem vocês se nós, marítimos, não tivéssemos alguém que nos representasse em um evento como esse?

Rebatendo de forma clara e objetiva, o presidente da CONTTMAF, Severino Almeida disse em alto e bom som:
"O sindicalismo marítimo brasileiro não realiza negócios e se preocupa principalmente com o aumento de empregos para os trabalhadores brasileiros”.

Severino Almeida 

O pior é que tive que escutar daqueles senhores tão simpáticos que nós, marítimos brasileiros, não somos qualificados para estarmos a bordo das embarcações deles. Nós, que passamos três anos dentro de um centro de instruções, estudando, estudando e estudando. Depois, enfrentamos um período de praticagem , fazemos cursos, ralamos pra caramba a bordo dos navios e barcos; e ainda me vem um senhorzinho "simpático" dizer que não somos capazes!?

Por alguns segundos senti mágoa, mas depois vi que o problema não é a nossa capacitação. Não temos problemas com isso. Acreditem, e vocês sabem, que o problema é que para eles somos caros demais. O que vocês acham que eles preferem? Um filipino ganhando quatro vezes menos ou nós brasileiros? Pensem bem! Vamos ficar atentos aos reais interesses desses “mui amigos”. Vamos ficar atentos às mudanças no nosso setor.

Johnny Hansen, Vice-Presidente do
Norwegian Seafarers Union, e eu

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Seminário Brasil Noruega no Rio de Janeiro. Eu fui

Gente: participei ontem no Hotel Marriott, em Copacabana, no Rio de Janeiro, do seminário Brasil/Noruega. O encontro teve a participação do ministro de Comércio e Indústria da Noruega, Trond Giske, e de mais de 140 executivos que representavam 100 empresas e vieram ao Brasil em busca de oportunidades de negócios e joint-ventures com empresas brasileiras. O presidente da Conttmaf e do Sindmar, Severino Almeida, foi um dos palestrantes. Assim que arrumar as minhas malas conto tudo para vocês.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Jornal O Estado de S. Paulo publica denúncia da Conttmaf contra a Transpetro


Com o título “Dossiê da Confederação dos Trabalhadores Aquaviários e Aéreos aponta mau gerenciamento da frota e dos custos de manutenção”, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem assinada por Renée Pereira sobre a acusação que a Confederação Nacional dos Trabalhadores Aquaviários e Aéreos (Conttmaf) fez contra a Transpetro, subsidiária da Petrobrás, por mau gerenciamento da frota e dos custos envolvidos na manutenção das embarcações.

Achamos importante publicar aqui no blog um resumo e a matéria na íntegra para que as pessoas que não tiveram acesso ao jornal fiquem informadas sobre o que está acontecendo.

Segundo o jornal, “na petição, a confederação apresenta uma série de questões relacionadas a serviços prestados nos navios - relatadas pelos próprios tripulantes à administração da empresa -, valores de pedidos de compra e a decisão da Transpetro de mandar para alto-mar navios com condições precárias de viagem, que ficaram à deriva no exterior”.

O presidente da Conttmaf, Severino Almeida, que também é presidente do Sindmar, foi ouvido pelo jornal e contou que, antes de fazer a denúncia no TCU, tentou conversar com a empresa, mas não teve sucesso. Severino disse que mandou dois ofícios - em 15 de outubro de 2010 e 18 de novembro de 2010 - e só obteve resposta do primeiro deles.

"Mesmo assim, as dúvidas não foram esclarecidas.", disse Severino, referindo-se a pedidos de compra, constantes no sistema da Transpetro, com valores acima do preço de mercado.

O jornal destacou que um desses pedidos mostra a compra de válvulas de insuflação de ar do motor principal, por US$ 1,2 milhão. Outro pedido envolve a compra de 100 litros de lubrificante sintético de compressor de ar no valor de US$ 87.117. Severino contesta esses valores.

O Estado de S. Paulo informou ainda que teve acesso ao material da Conttmaf - formado por pedidos de compra e impressão de telas do sistema da Transpetro - e “confirmou os valores constantes da petição protocolada ontem no TCU”. O jornal ainda publicou a informação de que “a reportagem também verificou conversas por email em que tripulantes dos navios questionam a administração em terra por valores cobrados pela prestação de serviço”.

Severino informou ao jornal que a investigação da confederação começou em meados do ano passado, após o incidente com o navio Livramento, que ficou à deriva no Oceano Índico, com motor principal avariado e sem funcionar. “Um navio com o histórico de problemas do Livramento (incêndios na praça de máquinas, avarias no motor de propulsão e geradores elétricos) não poderia ter sido lançado ao mar para uma travessia de mais de um mês até a China”, explicou Severino.

 Segundo O Estado de S. Paulo, que não divulgou se a resposta da Transpetro foi dada por algum representante ou através de nota oficial ou release, a empresa alegou que “o problema foi provocado por um bug no sistema”.

E que: "A discrepância entre os números se deve a valores irreais que surgiram na tela do sistema informatizado de requisições de compra a bordo, decorrentes de falhas na migração de dados do sistema anterior para o atual, ocorrida em 2008. As discrepâncias foram identificadas e o bug devidamente corrigido."

 Também segundo o jornal, “a empresa afirma ainda que fez uma ampla auditoria interna e externa para verificar as acusações e nada detectou”.

O Estado de S. Paulo ouviu advogados especialistas, que consideraram que “as divergências entre os valores dos pedidos de compra e da nota fiscal denotam uma desordem administrativa”.

Quem quiser ler a reportagem do jornal na íntegra é só passar a setinha do mouse na imagem abaixo.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Direitos sobre a licença paternidade

Nosso blog se chama Mulheres Mercantes, mas os homens também podem – e devem – participar.

Recebi semana passada uma solicitação do IMT  Valdivino Jr., um colega de turma dos tempos do CIABA, hoje funcionário da empresa Seacor Offshore, embarcado no PSV Mary Frances Candies. A dúvida dele é a respeito de um assunto muito importante.

Muitas vezes quando pensamos em gravidez, pensamos em licença maternidade, mas, não podemos esquecer da licença paternidade, que é tão importante quanto.

A dúvida era saber quantos dias o marítimo tem direito de licença.
Segundo as leis que estão em vigor o tempo máximo de licença é de cinco dias. A única forma desse número aumentar é existir uma cláusula em acordo coletivo. Muitas vezes quando reivindicamos melhorias para as empresas, esquecemos desses pequenos e significantes assuntos.

A licença-paternidade pode aumentar dos atuais cinco para 30 dias. É o que propõe projeto de Lei da deputada Maria do Rosário (PT-RS). O texto regulamenta o artigo 7º da Constituição Federal, altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei nº 5.452/43) e modifica a Lei 8.112/90, que instituiu o regime jurídico dos servidores públicos.

O projeto define que o pai trabalhador terá direito a 30 dias consecutivos de licença, por ocasião do nascimento do filho. A deputada ainda estendeu o benefício ao pai adotante, que terá direito também à licença a contar da data de adoção da criança. O benefício abrange trabalhadores regidos pela CLT e os servidores públicos.

A deputada argumenta que os primeiros dias de vida de um recém-nascido, e também nos casos de crianças adotadas, as primeiras semanas de convivência com a família adotante demandam uma união familiar no sentido de estreitar laços, criar vínculos e promover o convívio e a integração da criança e seus pais.

Passei as informações acima para o Valdivino e recebi agora há pouco a seguinte mensagem:


Valdivino: "Cinco dias não são nada"

“Vou fazer quatro anos nessa empresa e só agora com meu primeiro filho, fui procurar saber dos meus direitos. Depois de falar com a Laurinha descobri que a licença paternidade oferece pouco tempo para nós.

São nessas horas que lembro que existem certas coisas que nos esquecemos de cobrar e se informar. Quando há a necessidade vemos que fazem falta. Foi assim agora com esse negócio da licença paternidade.

Cinco dias apenas! Será que existe tempo para desembarcar e ver o meu primeiro filho nascer? Só se for cesariana... Com tudo programado etc... Mesmo assim ainda vou depender muito da logística da empresa e da programação do barco.

Só posso dizer que, como marítimo, cinco dias não são  nada.

Espero não perder esse momento de grande importância em minha vida.

Assim como eu, existem outros que estão passando por isso e/ou vão passar. Até quando nos esqueceremos de coisas como essas? Acho que agora aprendi uma boa lição!”.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

As Mulheres do futuro


Essa mulherada toda junta ai são as 40 novas e futuras Mulheres Mercantes. Elas acabaram de concluir com êxito o estágio de adaptação no CIABA. São meninas de vários estados do Norte e Nordeste. Duas delas me mandaram um textinho dizendo como foi entrar na Marinha Mercante.

Parabéééééééééns, Meninas. Determinação e sucesso a vocês.

Elisa Falcão Ferreira
Rio de Janeiro - RJ
20 anos

Como conheceu a Marinha Mercante?
Conheci a Marinha Mercante através do irmão de um grande amigo meu, que se formou na EFOMM em 2007. Por ele eu soube como era a Escola, a praticagem e os embarques. Logo depois uma série de amigos meus passaram na EFOMM. Foram se formando, e meu acervo de informações sobre a Marinha Mercante só foi aumentando.

Já conhecia alguém que formou e/ou esteve na escola?
Esse amigo que me apresentou a EFOMM e muitos outros que saíram do Colégio Militar do Recife direto para cá.

Qual foi a sua motivação para entrar para EFOMM?
Minha independência financeira e realização pessoal.

Já tem idéia se escolherá Náutica ou Máquinas?
Acredito que Náutica. Eu gosto da ideia do que o Piloto faz. Até no começo da carreira, em que o oficial cuida de partes burocráticas. Mas eu prefiro esperar a viagem de instrução, para vivenciar o ambiente de trabalho e ter certeza de tudo.

O que você espera da sua futura profissão?
Eu espero me realizar, me sentir muito útil e ter a sensação de que eu fiz a diferença no final do dia. E se por tabela eu puder conhecer muitos lugares novos, vai ser incrível.

Layd’izis Nunes da Silva        
Jaboatão dos Guararapes PE
19 anos

Como conheceu a Marinha Mercante?
Conheci a Marinha Mercante através de amigos e de palestras em cursinhos.

Já conhecia alguém que se formou e/ou esteve na escola?
Sim. Uma cliente da minha mãe e alguns amigos.

Qual foi a sua motivação para entrar para a EFOMM?
Principalmente por enxergar a EFOMM como uma ótima oportunidade de realização profissional.

Já tem ideia se escolherá Náutica ou Máquinas?
Apesar de ser apaixonada pelas cadeiras de Máquinas, quero cursar Náutica.

O que você espera da sua futura profissão?
Espero ser capaz de me adaptar bem à rotina a que estarei submetida, ser sempre justa com meus subordinados e ser respeitada e admirada, desempenhando o papel para o qual me prepararei com afinco.




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sobre cursos

Ufaaaaa.....voltei....

Me desculpem, mas no começo do ano sempre fica uma correria aqui na delegacia, e não estou podendo dar a atenção merecida ao nosso Blog.

A maioria dos associados que tenho recebido nesse começo de ano tem procurado informações a respeito de cursos, de onde escrever-se, como fazer, quais são as documentações etc...

Bem, o local certo para aqueles que precisam saber quais são os cursos que estão abertos e as datas de inscrição e período do curso, é no PREPOM.  Nele vocês encontrarão em quais cidades as capitanias receberam inscrições. No próprio arquivo do PREPOM, vocês podem visualizar as documentações necessárias para cada curso.




Para entrar no site da Marinha e ver as informações sobre o Prepom (destaque na cor grená), clique aqui.

Os que estão interessados em cursos de DP e outros, o CSA (Centro de Simulação Aquaviária), oferece esses cursos aos marítimos. No site deles vocês podem fazer pré-inscrições online e checar o que cada curso oferece.

Um dos cursos ministrados pelo CSA é o curso de Posicionamento Dinâmico, que é dividido em duas fases: Básico (DPB) e Avançado (DPA). Os cursos de DP do CSA são homologados pelo Instituto Náutico, de Londres. Há, também, o DP Técnico, destinado a Oficiais de Máquinas e Eletricistas da Marinha Mercante.

Outro que é desenvolvido pelo Centro de Simulação Aquaviária é o curso de Prevenção à Poluição por Óleo, Resposta e Cooperação. A utilização do simulador PISCES (Potential Incident Simulation, Control and Evaluation System) durante esse curso é fundamental para que os marítimos possam adquirir mais conhecimentos técnicos....” Quer saber mais, clique aqui.


Quem ainda tiver dúvidas sobre inscrições de cursos podem me procurar aqui na delegacia, via email ou ate mesmo aqui no Blog.

Beijinhos a todos.....

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quem não se comunica, se trumbica


 O nosso Blog tem recebido diversos comentários e mensagens de pessoas buscando informações sobre a Marinha Mercante.  Faço questão de responder todas as mensagens. Aqui no próprio Blog ou por e-mail. Acho importante que todas as (os) internautas que escrevem comentários para o blog Mulheres Mercantes sejam atendidas (os). Para a Ruth, que enviou a mensagem acima, respondi da seguinte maneira.

“Depois dos três anos de escola, o aluno segue para o estágio a bordo das embarcações. Para os de Náutica, o estágio é de um ano, para os de Máquinas são seis meses. Após o estágio, o aluno já embarca como oficial e "escolhe" em que tipo de embarcação ou empresa vai embarcar. Dependendo  da empresa o regime de embarque varia, mas não se preocupe, se você ama o mar, estará lá o tempo que quiser”.

Comentem, participem. 

Para ler alguns dos comentários trocados aqui no nosso Blog, clique no ícone "O que as (os) amigas (os) comentam aqui no blog", no lado direito da tela, abaixo do meu perfil.